Agentes completamente protegidos atuam para conter surto de ebola em Uganda. Crédito da imagem: Getty Images/Luke Dray


A Organização Mundial da Saúde (OMS) declarou o surto de ebola em Uganda como encerrado no dia 11 de janeiro, quatro meses após o registro do primeiro caso da variante do Sudão no país. A variante é uma mutação do vírus original do ebola.

De acordo com a ministra da Saúde de Uganda, a médica Jane Ruth Acengo Acero, as autoridades locais conseguiram controlar a situação de maneira eficiente e rápida.

“Uganda pôs um fim rápido ao surto de ebola, intensificando as principais medidas de controle, como vigilância, rastreamento de contatos e infecções e prevenção. Embora expandíssemos nossos esforços para implantar uma resposta forte nos nove distritos afetados, a bala mágica foram nossas comunidades, que entenderam a importância de fazer o que era necessário para acabar com o surto e agiram”, declarou a ministra em comunicado oficial compartilhado pela OMS.

Ao todo, foram 142 casos confirmados da doença, com 55 mortes e 87 pacientes recuperados. Como ainda não há vacina contra a variante, o surto (aumento de casos em um local específico) foi o pior na nação em duas décadas. Essa foi a quinta onda detectada do vírus em Uganda em 20 anos, com a última tendo surgido em 2012.

No entanto, a OMS aponta que o trabalho de autoridades e da comunidade médica, assim como a colaboração dos próprios habitantes de Uganda, foi o que conseguiu garantir que o surto fosse encerrado mais rapidamente. 

“Uganda mostrou que o ebola pode ser derrotado quando todos os recursos funcionam em conjunto, desde a instalação de um sistema de alerta e a localização e atendimento das pessoas afetadas e seus contatos, até a obtenção da participação total das comunidades atingidas na resposta”, disse o diretor-geral da OMS, Tedros Adhanom Ghebreyesus.

Para garantir que não havia mais presença da variante no país, foi preciso esperar 42 dias sem nenhum novo registro da doença, o dobro do tempo de incubação do vírus.

O que é o ebola?

A doença é causada pelo vírus ebola. Os principais sintomas são vômito, diarreia, febre e, na fase mais avançada, hemorragia (perda de sangue). As taxas de mortalidade são altas e chegam a cerca de 90% dos casos para as cepas mais agressivas. O vírus é transmitido por meio de fluidos corporais (como sangue e urina) de uma pessoa infectada. Não há tratamento específico, e a primeira vacina foi aprovada em 2019. No entanto, segundo a OMS, ela não é eficaz para a variante do Sudão.

Glossário

Incubação do vírus: intervalo entre a data do primeiro contato com o vírus até o início dos sintomas da doença.

Fontes: Folha de S.Paulo, O Globo e World Health Organization Uganda.

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