A tecnologia foi capaz de transformar sinais do cérebro em comunicação verbal
A revista científica Nature publicou, em 23 de agosto, um estudo realizado por pesquisadores da Universidade da Califórnia, nos Estados Unidos, em que foi possível transformar sinais cerebrais em comunicação verbal.
Ann Johnson, uma norte-americana de 47 anos, voltou a falar com uma tecnologia que utiliza inteligência artificial (IA). Um avatar (representante digital, como um boneco de videogame) transmitiu as palavras de Ann por uma conexão com fios ligados ao cérebro da ex-professora. Ou seja, o avatar falou por ela.
Em 2005, aos 30 anos, Ann perdeu a capacidade de falar após sofrer um derrame cerebral — em que vasos sanguíneos no cérebro sofrem dano ou rompimento.
A tecnologia
O procedimento funcionou com uma placa de 253 eletrodos (conexão entre uma superfície metálica e um circuito elétrico) implantada em uma parte interna do cérebro de Ann — acima da área responsável por enviar comandos para músculos como lábios e língua.
Assim, os eletrodos foram capazes de interpretar os sinais de Ann. Então, com o auxílio de um cabo conectado à parte exterior da cabeça da mulher, eles enviavam os dados coletados a um computador que continha uma IA para fazer a tradução.
Treinamento
Durante uma semana, Ann trabalhou com a equipe em um processo de treinamento da IA. Com os fios conectados, ela pensou em diversas palavras e fonemas até a máquina aprender a reconhecer seus sinais de fala. Um vídeo antigo de Ann também foi utilizado como referência para que o avatar tivesse um tom de voz parecido com o dela.
Fontes: Fantástico, Galileu, Globo, Nature, UC San Francisco e UOL.
Esta matéria foi originalmente publicada na edição 211 do jornal Joca.
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