No dia 23 de agosto, a Índia se tornou o primeiro país do mundo a pousar próximo ao polo sul lunar. A sonda Chandrayaan-3 foi lançada, em 14 de julho, pela Organização de Pesquisa Espacial Indiana (Isro, na sigla em inglês), e precisou de 39 dias para realizar a alunissagem (o ato de pousar na Lua). Em transmissão ao vivo na internet, foi possível acompanhar uma representação gráfica da sonda e todo o processo.

“Conseguimos um pouso suave na Lua, a Índia está na Lua”, disse Sreedhara Panicker Somanath, presidente da Isro, em declaração aos jornalistas. “Este é o momento para uma nova Índia em desenvolvimento”, afirmou Narendra Modi, primeiro-ministro do país, durante coletiva de imprensa.

O módulo lunar carregou o rover Pragyan, espécie de carrinho com controle remoto de exploração espacial, equipado com instrumentos para estudar a composição química do solo. O principal objetivo da expedição é tentar encontrar grandes quantidades de água congelada no polo sul do satélite natural.

Se a suspeita de que existe gelo ali for confirmada, poderá ser algo revolucionário, pois permitirá entender melhor a história da água no Sistema Solar, além de colaborar com missões futuras, como na construção de uma base científica permanente na Lua.

Até o fechamento desta edição, o robô tinha enviado sinais de que encontrara alumínio, ferro, cálcio, cromo, titânio, manganês, oxigênio e silício na superfície lunar. Também houve um momento de tensão, quando os cientistas perceberam que o rover chegara perto de cair em uma cratera de 4 metros de largura, o que poderia destruí-lo. Rapidamente, ele foi reprogramado para um caminho seguro.

E O LADO OCULTO DA LUA?
Quando a alunissagem indiana foi confirmada, muitas notícias afirmaram que o país tinha sido pioneiro em pousar no lado oculto da Lua – feito alcançado pela China, em 2019. A Índia pousou perto do polo sul lunar, no lado “não oculto”. Saiba mais sobre essa história e sobre o satélite natural na página 7, em “Coleção”.

Fontes: BBC, The Economic Times, Época, Reuters, Science e Superinteressante.

Esta matéria foi originalmente publicada na edição 211 do jornal Joca.

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