Rachadura em estrada na cidade de Wajima. Crédito de imagem: Buddhika Weerasinghe/Getty Images

No dia 1º de janeiro, a província de Ishikawa — região central do Japão — foi abalada por um terremoto de magnitude 7,6, de acordo com a Escala Richter. Até o momento, foram confirmadas mais de 200 mortes e cerca de 300 pessoas ainda estão desaparecidas. Ao todo, foram 155 tremores sentidos também no oeste do país, com outra ocorrência chegando a até 5 pontos de magnitude. Além de Ishikawa, as províncias Niigata, Fukui, Toyama e Gifu foram afetadas. Tóquio, capital do país e localizada na direção oposta do epicentro dos abalos (ponto na superfície da terra localizado exatamente acima de onde o tremor subterrâneo foi mais intenso), também teve prédios danificados pelos tremores.

* Matéria atualizada no dia 9/01

Escala Richter: é a principal referência para saber a intensidade dos tremores. Quanto mais forte, maior é seu grau na escala. De 7 a 7,9 graus, número registrado no Japão na segunda-feira (1º de janeiro), o terremoto pode ser devastador em mil quilômetros. 

Os terremotos fizeram com que o país sofresse com incêndios, danos em estradas, desabamento de construções e a interrupção de serviços de energia e transporte. Segundo Hayashi Yoshimasa, secretário-chefe do gabinete japonês, em torno de 33 mil famílias foram afetadas pela queda de energia. 

Além disso, alertas de tsunami foram emitidos pelo governo após ondas de 1,2 metro serem registradas na cidade de Wajima, também pertencente a Ishikawa, segundo informações da emissora pública japonesa NKH. Inicialmente, o governo pediu que habitantes da região deixassem o local diante da possibilidade de que as ondas atingissem até 5 metros; posteriormente, o nível de perigo do alerta foi diminuído. A recomendação das autoridades é de que os habitantes de diversas ilhas da costa oeste do território japonês deixem a casa em que moram. A agência meteorológica do país também avisa que pequenos tremores devem continuar sendo sentidos durante cerca de uma semana e ainda há o perigo da ocorrência de tsunamis.

Casas destruídas em Wajima após série de tremores. Crédito de imagem: Buddhika Weerasinghe/Getty Images

De acordo com o serviço geológico dos Estados Unidos, o terremoto registrado no dia 1º foi o mais forte na região em um intervalo de 40 anos. Mais de 8 mil militares do Japão foram colocados a postos para auxiliar em operações de resgate e suporte aos cidadãos desabrigados, assim como na busca pelos desaparecidos.

Países como Estados Unidos, Austrália, Coreia do Sul e Nova Zelândia também enviaram ajuda para a nação japonesa. O primeiro-ministro do Japão, Fumio Kishida, declarou que “os terremotos causaram danos extensos, com inúmeras vítimas” e que o governo está se mobilizando para prestar socorro em áreas de difícil acesso, ainda sem poder definir com exatidão a dimensão dos estragos causados.

Habitantes de Wajima se abrigam em estufa após tremores. Crédito de imagem: Buddhika Weerasinghe/Getty Images

Acidente em aeroporto 

Os terremotos também causaram o cancelamento e adiamento de diversos voos no país. Além disso, no dia 2 de janeiro, um avião da guarda costeira do Japão colidiu com uma aeronave comercial no aeroporto internacional de Haneda, em Tóquio, causando a morte de cinco tripulantes da guarda costeira. O avião do governo japonês aguardava a decolagem para levar ajuda humanitária às vítimas do terremoto na costa oeste do Japão.  

Por que acontecem tantos terremotos no Japão?

O país está localizado em uma área de junção de quatro placas tectônicas (pedaços enormes de rocha que formam a superfície do planeta e ficam abaixo dos continentes e oceanos). São elas: Placa das Filipinas, Placa do Pacífico, Placa Euroasiática e Placa Norte-americana. Quando esses grandes blocos se movimentam e entram em contato, tremores podem ser sentidos na superfície terrestre, com o nível de gravidade e destruição podendo variar em cada caso. Em razão de sua estrutura geológica e um grande histórico de terremotos, o Japão possui normas de construções mais firmes para prédios e diferentes formas de conscientização da população para enfrentar abalos sísmicos. 

Glossário:

Primeiro-ministro: premiê ou primeiro-ministro é o chefe de um governo parlamentarista, como o do Reino Unido. O cargo também pode figurar em governos semipresidencialistas (ou seja, com a presença de um primeiro-ministro e um presidente).

Fontes: Folha de S.Paulo, G1, O Globo, BBC, CNN, Brasil Escola, CBN, Agência Brasil, UOL e USGS.

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Comentários (1)

  • Joao Carvalho

    4 semanas atrás

    nossa!😱

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