Choro foi oficialmente declarado o 53° patrimônio cultural imaterial do país. Entenda
No dia 29 de fevereiro, o Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional (Iphan) oficializou o estilo musical brasileiro choro como o 53° patrimônio cultural imaterial do país. O pedido para que o gênero fosse considerado foi feito com um abaixo-assinado organizado por grupos oficiais de choro. “É o choro chegando a um lugar de patrimônio importante. Ele é uma construção do povo brasileiro, amado pelo povo brasileiro. Eu acho que o Brasil precisa, cada vez mais, apropriar-se do chorinho […]”, declarou a ministra da Cultura, Margareth Menezes.
A decisão ocorreu durante uma reunião do Conselho Consultivo do Patrimônio Cultural do Iphan e foi aprovada por unanimidade pelos 22 membros votantes do conselho.
O que é o choro, ou chorinho?
Trata-se de um estilo musical brasileiro nascido no século 19, no Rio de Janeiro, sob influências europeias e africanas, utilizando instrumentos como violão, flauta, cavaquinho e pandeiro. A partir do século 20, o choro também ganha composições cantadas por intérpretes como Chiquinha Gonzaga, Pixinguinha e Paulinho da Viola.
PATRIMÔNIOS CULTURAIS
São aqueles considerados representativos para determinados povos ou culturas, trazendo consigo aspectos históricos e sociais. Em virtude de seu valor, devem ser preservados e mantidos. Enquanto os patrimônios culturais materiais englobam aspectos físicos, os patrimônios culturais imateriais se estendem a expressões artísticas como festividades, tradições e danças. Em 1988, a Constituição Federal passou a reconhecer a existência de bens culturais.
No Brasil, o Iphan é responsável pela legitimação de patrimônios culturais nacionais. A Organização das Nações Unidas para a Educação, a Ciência e a Cultura (Unesco) reconhece os patrimônios culturais da humanidade.
Glossário
CONSTITUIÇÃO FEDERAL: é o conjunto de leis que organiza uma nação. Na Constituição do Brasil é possível encontrar, por exemplo, as regras que determinam os direitos e deveres dos cidadãos do país.
FONTES: AGÊNCIA BRASIL, ENCICLOPÉDIA ITAÚ CULTURAL, FUNDAÇÃO CULTURAL PALMARES, IPHAN, G1, MUSICA BRASILIS E PREFEITURA DO RIO DE JANEIRO.
Esta matéria foi originalmente publicada na edição 219 do jornal Joca.
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