Vinicius Marques

No último mês, foram promovidas ações de educação para a mobilidade urbana (deslocamento de pessoas e veículos nas cidades) associadas ao Maio Amarelo, data anual voltada para o debate da segurança no trânsito. 

No Recife (PE), a Autarquia de Trânsito e Transporte Urbano (CTTU), em parceria com a prefeitura, promoveu uma série de atividades para diferentes públicos, dentre eles, crianças e adolescentes, em escolas públicas e privadas. “A criança tem autonomia na cidade, ela não é apenas alguém que vai ensinar para os pais”, explica Marcela Assis, gestora da unidade de educação de trânsito da CTTU. Um dos projetos desenvolvidos é o tapete lúdico, um tabuleiro de grandes proporções em que as crianças são os próprios pinos. “Aprendi sobre as cores dos sinais e que todo mundo tem que respeitar a calçada e a faixa de pedestres”, conta a estudante Maria Luíza A. 

Em São Paulo (SP), a Companhia de Engenharia de Tráfego (CET) apresentou em alguns Centros Educacionais Unificados (CEUs) um show de fantoches, para crianças menores, e para as maiores, uma adaptação cinematográfica da obra O Mágico de Oz, produzida pela própria companhia. 

De acordo com Mônica Gomes S. Vieira, educadora do Centro de Treinamento e Educação de Trânsito (Cetet), da CET, “o amarelo mundial- mente representa a atenção dentro da mobilidade, por isso é importante ter pelo menos um mês que abra espaço para o tema”, apesar de esses projetos ocorrerem o ano todo. Para Mônica, é fundamental que o assunto seja trabalhado com todas as faixas etárias. “As crianças acabam replicando em casa, até corrigindo atitudes que seus responsáveis têm no trânsito”, conta. 

Segundo Geovana P., 14 anos, estudante da Emef CEU Parque Veredas, é essencial que a escola proponha o tema. “O trânsito é um grande desafio por ser o espaço em que mais se tem contato com pessoas que pensam e agem de maneiras diferentes, e nós precisamos aprender a respeitar todas elas”, conclui. 

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Esta matéria foi originalmente publicada na edição 206 do jornal Joca.

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