Obra apresenta a escritora Carolina Maria de Jesus para o público infantojuvenil
Em 20 de novembro, foi celebrado o Dia da Consciência Negra, data que faz uma reflexão sobre temas como combate ao racismo e importância da cultura africana para a história do Brasil. Clique aqui para ler uma reportagem do Joca sobre personalidades importantes na luta antirracista.
Diversos livros também ajudam a pensar sobre esse assunto. Por isso, para a coluna de hoje, escolhi indicar as obras da Coleção Black Power, publicada pela Editora Mostarda. Essa série traz biografias de personalidades pretas. Uma delas é Carolina Maria de Jesus, de autoria de Orlando Nilha.
Se você nunca ouviu falar de Carolina, vamos às apresentações: nascida em 1914, na cidade de Sacramento (MG), ela se tornou escritora depois de uma vida repleta de sofrimento. De uma família descendente de escravizados, ela chegou a ser presa com a mãe, quando era adolescente, acusada de feitiçaria só porque estava lendo um livro sentada na porta de casa.
Carolina chegou à cidade de São Paulo aos 23 anos, em busca de uma vida melhor. Na capital paulista, começou a trabalhar como catadora de papelão, teve filhos e seguiu mantendo o amor pela leitura. Ela escrevia textos de diversos gêneros da literatura, como poemas e contos, além de um diário. Nesses registros, Carolina contava como era seu dia a dia, vivendo em uma favela de São Paulo.
Foi ali que um jornalista, chamado Audálio Dantas, descobriu a escritora enquanto fazia uma reportagem. O diário que Carolina mantinha, então, transformou-se no livro Quarto de Despejo: Diário de uma Favelada. Depois, ela seguiu escrevendo e publicou outras obras.
No livro da Editora Mostarda, toda a vida de Carolina é contada em um formato para o público infantojuvenil, com o acompanhamento de diversas ilustrações. Aproveite a época do Dia da Consciência Negra para conhecer mais sobre essa história e refletir sobre o racismo. E procure pela Coleção Black Power para conferir a biografia de outras personalidades pretas, como Machado de Assis e Michelle Obama.
Boa leitura!
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