Crédito de imagem: Dr. Hugh Osborn/reprodução de vídeo

Em 29 de novembro, a Nasa (agência espacial dos Estados Unidos) publicou uma nova descoberta: os seis planetas que orbitam (se movimentam ao redor) a estrela HD 110067 apresentam órbitas sincronizadas em um ritmo cíclico. O sistema está a cerca de cem anos-luz da Terra.

Ano-luz: um ano-luz corresponde à distância que a luz viaja pelo espaço em um ano, cerca de 9,46 trilhões de quilômetros.

“Embora os sistemas multiplanetários sejam comuns na nossa galáxia, aqueles que se encontram em uma formação gravitacional compacta conhecida como ‘ressonância’ são observados pelos astrônomos com muito menos frequência”, explica a agência em nota.

A descoberta foi feita por uma equipe de pesquisadores liderada por Rafael Luque, da Universidade de Chicago, e publicada na revista científica Nature. A pesquisa analisa a órbita de cada um dos seis planetas sub-Netunos (planetas menores do que Netuno e maiores do que a Terra) do sistema até então descobertos.

“Descobrimos que os planetas seguem uma cadeia de órbitas ressonantes. Um estudo dinâmico do trio de planetas mais internos permitiu a previsão e posterior confirmação da órbita dos demais planetas do sistema”,

diz parte do estudo publicado na Nature.

No vídeo publicado pela Nasa é possível observar a sincronicidade dos planetas. Ao completar uma volta ao redor da estrela, cada um emite um som diferente no vídeo. Ao juntar os seis sons distintos, obtém-se uma sonoridade harmônica, rítmica e cíclica. O vídeo começa adicionando o planeta mais perto da estrela e assim segue, até que todos estejam representados na simulação.

Segundo a agência espacial, os planetas mais próximos da estrela realizam duas voltas completas no mesmo tempo que o planeta seguinte completa três voltas. Já para os dois planetas mais distantes, cada um completa quatro voltas no mesmo período que o planeta seguinte (mais próximo à estrela) completa três. 

“Os planetas provavelmente têm realizado essa mesma dança rítmica desde que o sistema se formou, há milhares de milhões de anos”,

afirma o comunicado da Nasa.

Fontes: Nature, Nasa e O Globo.

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