No dia 2 de abril, pesquisadores da Universidade da Austrália Ocidental e da Universidade de Ciência e Tecnologia Marinha de Tóquio, no Japão, divulgaram imagens de um peixe nadando em profundidade recorde. O peixe-caracol estava a 8.336 metros da superfície do mar ao sul do Japão. De acordo com o principal cientista do estudo, Alan Jamieson, esse é o nível mais profundo (ou muito próximo disso) em que um peixe consegue sobreviver. Até então, o registro mais fundo era de 8.178 metros.

#pracegover: Imagem do peixe, com pele acinzentada, nadando nas profundezas. Crédito de imagem: REPRODUÇÃO DE VÍDEO UOL

A filmagem aconteceu durante uma expedição de dois meses em águas nas proximidades do país asiático, em setembro de 2022. Segundo os pesquisadores, o peixe é da espécie Pseudoliparis belyaevi, jovem, com cerca de 11 centímetros de comprimento, sem escamas e com características especiais que lhe permitem viver tão longe da superfície. Por exemplo: ele não tem a bexiga natatória (ou vesícula gasosa), órgão que auxilia os peixes a flutuar. Também foram achadas, no corpo do animal, enzimas que permitem viver sob muita pressão — como é comum no fundo do mar.

Os pesquisadores também bateram um novo recorde: o de captura física mais profunda da história, já que dois outros peixes foram pegos para a realização de estudos a 8.022 metros de profundidade.

Qual é a profundidade do oceano?
O ponto mais profundo do oceano conhecido pela ciência está a quase 11 mil metros da superfície, no Oceano Pacífico. No entanto, pouco se sabe sobre o mar. De acordo com a Convenção Sobre Diversidade Biológica, 91% das espécies marinhas ainda não foram identificadas e 80% do oceano ainda não foi explorado.

Fontes: CNN Brasil, G1, Revista Galileu, UOL e USP.

Esta matéria foi originalmente publicada na edição 203 do jornal Joca.

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