Aeroporto Internacional de Hong Kong. Foto: Anthony Kwan/Getty Images/reprodução

A China anunciou, na última semana de 2022, que, a partir de 8 de janeiro deste ano, as restrições de entrada e saída de viajantes nos aeroportos chineses serão suavizadas. Para turistas, não será mais necessário permanecer em quarentena ao chegar ao território chinês, desde que tenham testado para detecção de covid-19 nas últimas 48 horas antes do desembarque e o resultado tenha sido negativo.

A infecção causada pelo novo coronavírus será reclassificada, também no dia 8, pelo governo local, deixando de ser uma doença infecciosa de classe A e passando à classe B. Isso significa que as medidas de contenção do vírus serão menos rígidas.

O objetivo, segundo Hua Chunying, a porta-voz do Ministério das Relações Exteriores da China, é de promover a recuperação econômica e social do país depois de três anos de pandemia. “Com a ômicron [variante do novo coronavírus] menos propensa a causar hospitalização e morte, a China está refinando a política de covid para coordenar melhor a resposta à doença com o desenvolvimento econômico e social”, disse Chunying em sua conta oficial do Twitter.

Em tradução livre do inglês: “As viagens e a logística se tornarão mais tranquilas. A vida e o trabalho voltarão ao normal em um ritmo mais rápido. A vitalidade econômica será imensamente liberada. O governo agiu com responsabilidade ao conter estritamente o vírus para proteger a vida das pessoas, está agindo com responsabilidade agora, facilitando viagens e logística. A chave é dar uma olhada científica na evolução da situação, adaptar-se às mudanças e tomar a decisão difícil, porém correta.”

Além da suspensão da quarentena, a China removerá gradualmente o limite de passageiros em voos internacionais e facilitará a obtenção de vistos para estrangeiros em busca de trabalho, negócios, educação e visita a familiares. A flexibilização da entrada no país vale também para os portos marítimos, que, em decorrência de paralisações e demais protocolos de contenção da doença, estiveram entre os principais pontos críticos da desaceleração econômica da China nos últimos anos (saiba mais aqui e na edição 189 do Joca).

Número de casos e fim da “Covid zerona China

O anúncio da reabertura gradual da China acontece após o país passar por um aumento supostamente expressivo de casos da covid-19, segundo agências de notícias e moradores locais. De acordo com dados divulgados pelo governo chinês, no entanto, o número de casos e óbitos não foram tão altos quanto a mídia mundial estima.

Com a dificuldade de obtenção de dados a respeito do avanço da covid-19 na China, não é possível precisar o número de casos e óbitos causados pela doença. Além disso, em 20 de dezembro, o governo do país asiático alterou o critério que contabiliza óbitos por covid, registrando apenas os casos de novo coronavírus em que a morte foi causada por insuficiência respiratória. Isso fez com que o número de óbitos divulgados pelo governo diminuísse.

A China optou por suavizar as medidas de contenção da doença depois de uma onda de protestos de civis que pediam pelo fim da “Covid zero”. Entenda como foi a política de contenção da covid-19 na China na reportagem especial da edição 186 do Joca.

Fontes: Twitter Hua Chunying Oficial, Comissão Nacional de Saúde da China, Invest SP, Ansa, Agência Brasil, Valor Investe, G1, Exame, O Globo e G1.

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