Imagem: Getty Images

Em razão do recente aumento de casos de coronavírus na China, as operações do porto de Xangai estão demorando mais do que o comum, o que impacta o mercado global. O ritmo de produtividade, segundo dados da empresa britânica de investimentos Janus Henderson, foi reduzido cerca de 30% no mês de abril.

O país tem adotado a política de “covid zero” para conter o avanço do vírus, o que influencia no número de funcionários disponíveis e na velocidade da logística portuária. (Entenda mais sobre as medidas rigorosas de contenção aplicadas na China nessa matéria do Joca.)

Xangai é uma das cidades mais importantes para a economia não só da China, como de outros países. Seu porto é o maior do mundo e realiza operações de importação e exportação de diversos setores do mercado. De acordo com matéria da BBC, só no ano de 2021 a cidade foi responsável por 27% das exportações do país.

Diversos setores do comércio global já sentem os impactos causados pela situação do porto. No mercado automotivo, as empresas que aguardavam pela retomada da oferta de semicondutores (chips condutores de energia elétrica muito utilizados em aparelhos eletrônicos), depois de um longo período de escassez desde o início da pandemia, enfrentam novamente o atraso na retomada do setor. No comércio de carnes, frigoríficos buscam vender para outros países, uma vez que, no primeiro trimestre de 2022, a China foi responsável por 59% das exportações do setor brasileiro.

Fábricas e demais empresas chinesas estão tendo de reduzir o ritmo de suas exportações e deixando de cumprir prazos com seus clientes. Além disso, importadores, transportadoras e empresas que prestam serviços portuários também estão sendo afetadas pelo cenário atual. Com a lentidão no porto, o tráfego de embarcações está carregado e a quantidade de contêineres em terra está aumentando.

“Como a capacidade do porto não é a mesma de março, nem de fevereiro, levará algum tempo para resolver tudo isso. Mesmo que o lockdown da cidade termine amanhã, há um acúmulo de capacidade que não será resolvido rapidamente”, disse Rodrigo Zeidan, professor de economia e finanças da NYU Xangai, em entrevista à BBC News Mundo.

Fontes: BBC, Folha de S.Paulo e Monitor do Mercado.

Ixi! Você bateu no paywall!

Ainda não é assinante? Assine agora e tenha acesso ilimitado ao conteúdo do Joca.

Assinante? Faça Login

Voltar para a home

Ou faça sua assinatura e tenha acesso a todo o conteúdo do Joca

Assine

Enquete

Sobre qual assunto você gosta mais de ler no portal do Joca?

Comentários (1)

  • China flexibiliza entrada de turistas a partir de 8 de janeiro – Jornal Joca

    1 ano atrás

    […] os principais pontos críticos da desaceleração econômica da China nos últimos anos (saiba mais aqui e na edição 189 do […]

Compartilhar por email

error: Contéudo Protegido