Kim Jong-un, líder da Coreia do Norte, e seu pai, Kim Jong-il, usaram passaportes brasileiros para obter vistos para países europeus na década de 1990. A informação foi revelada pela agência Reuters, nessa terça-feira (27).

Usando os nomes falsos de Josef Pwag e Ijong Tchoi, os documentos eram legítimos segundo uma fonte brasileira ligada ao Ministério das Relações Exteriores, e teriam sido tirados na Embaixada do Brasil em Praga, na República Tcheca, de acordo com carimbo que consta no documento.

Os passaportes citavam a data de nascimento de ambos – 1983 para Kim Jong-un e 1940 para seu pai – e a cidade de São Paulo como origem.

Assinado pelo conselheiro consular Antonio José Maria de Souza e Silva, que hoje é responsável pela Embaixada de Myanmar, a data de emissão foi de  26 de fevereiro de 1996 e a validade do documento é de dez anos.

De acordo com uma fonte anônima ouvida pela Reuters, “isso mostra o desejo de viajar e uma tentativa de construir uma rota de fuga”.

Ainda segundo a agência, o Ministério das Relações Exteriores do Brasil investiga a denúncia, mas a embaixada brasileira na Coreia do Norte se recusou a comentar o assunto.

Esta não é a primeira vez que o ocorrido vem à tona. Em 2011, o jornal japonês Yomiuri Shimbun publicou que o líder norte-coreano teria visitado a Disney de Tóquio, no Japão, em 1991, usando um passaporte brasileiro.

Esse episódio teria acontecido antes da emissão do passaporte descoberta pela Reuters, já que a data que consta no documento é de 1996.

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