Por Larissa Mariano

A DEFINIÇÃO de “segunda língua” abrange todo e qualquer idioma aprendido depois da língua materna, isto é, a de origem de uma pessoa. Estudos mostram que aprender a falar outro idioma nos primeiros anos de vida é ainda mais fácil. 

Por essa razão, escolas como The British College of Brazil (BCB), de São Paulo, oferecem ensino em inglês, assim como aulas de português, desde os anos primários até a formação do ensino médio. “O ensino de uma segunda língua na infância permite que a criança desenvolva uma fluência não só na língua adicional, como também na nativa. Ela consegue crescer e se desenvolver com mais fluência nas duas línguas, expressando-se melhor”, explica Pete Knight, coordenador de inglês da BCB.

#pracegover: três alunos, sentados diante de uma mesa, estão jogando. Crédito de imagem: reprodução

Por questões econômicas e culturais, o inglês costuma ser a primeira opção na hora de escolher outro idioma. No entanto, existem diversas possibilidades. O Centro de Estudos de Línguas Paulistano (Celp), iniciativa da Secretaria Municipal de Educação da Prefeitura de São Paulo, oferece aulas gratuitas de seis idiomas (alemão, espanhol, francês, inglês, italiano e japonês) para alunos do 4° ao 9° ano da rede municipal. As aulas são realizadas em unidades de Centro Educacional Unificado (CEU).

“Trabalhamos não só a língua, como todos os costumes e a cultura que a envolvem. É importante que o aluno consiga aprender a valorizar o idioma e a cultura do próprio país quando aprende novas linguagens, para agregar novas possibilidades. Isso é o pluralismo linguístico”, explica Enrique Rodrigues, professor de inglês do Celp nos CEUs Meninos e Parque Bristol. Ao todo, são 41 Celps na cidade de São Paulo, que atendem 3.950 estudantes. O projeto, ainda em implantação, é uma medida de política pública assegurada por lei.

#pracegover: duas meninas, sentadas diante de uma mesa, desenham em uma folha. Crédito de imagem: reprodução

DIFERENTES MANEIRAS DE APRENDIZAGEM 

O professor Enrique também utiliza meios lúdicos para ensinar. “Em aula, temos um passaporte com as quatro habilidades: leitura, escrita, fala e audição. Cada vez que uma atividade é realizada, por exemplo, o estudante recebe um adesivo em uma das categorias, como um jogo de acumulação de pontos. Isso os estimula.”

O cenário com novas técnicas que desafiam os alunos se repete na BCB. “Nós aplicamos diferentes métodos para desenvolver a linguagem de cada estudante. Incentivamos debates, técnicas de memorização, associação”, conta Pete. 

“Para mim é muito legal, porque você pode aprender as palavras de formas diferentes. Por exemplo: às vezes você aprende uma palavra em inglês que tem o mesmo significado em português, mas a pronúncia é diferente”, disse Laura G., 10 anos, estudante da BCB. “Acho a língua [inglês] muito interessante e, a cada descoberta, eu me interesso mais. Eu gosto do sotaque, de traduzir, da pronúncia diferente das palavras”, conta o aluno Emanuel G., 11 anos, sobre o estudo do idioma no Celp.

Esta matéria foi originalmente publicada na edição 221 do jornal Joca.

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