#pracegover: a foto mostra a lama no município de Brumadinho, em Minas Gerais, após rompimento de barragem. Ao redor, vegetação. Imagem: Créditos: Wikipedia Commons.

Após três meses da tragédia de Brumadinho, em Minas Gerais, 32 barragens da mineradora Vale no estado foram impedidas de funcionar, segundo levantamento da Agência Brasil divulgado em 21 de abril. As atividades foram suspensas por decisões da Justiça, da Agência Nacional de Mineração (ANM), da Secretaria de Meio Ambiente e Desenvolvimento Sustentável de Minas Gerais e até da própria empresa.

Pelo menos três barragens estão na Mina Córrego do Feijão, em Brumadinho, onde um rompimento causou destruição no dia 25 de janeiro. As outras cidades com barragens da Vale interditadas são: Barão de Cocais, Itabira, Itabirito, Mariana, Ouro Preto, Nova Lima, Rio Piracicaba e Sabará.

Além da mineradora, outras empresas tiveram 18 barragens interditadas pela ANM no estado em abril. Entre elas, três tiveram os trabalhos suspensos por não garantir a estabilidade da barragem e as outras 15 por não entregar um comprovante de segurança. Créditos: Wikipedia Commons Fontes: Agência Brasil, Estado de Minas e G1. 32 barragens da Vale são interditadas em Minas Gerais.

Vítimas
As buscas por vítimas em Brumadinho continuam. Até agora, 232 corpos foram encontrados. Ainda estão desaparecidas 40 pessoas. Outras 271 tiveram que deixar a casa em que viviam por causa do risco de novos rompimentos em barragens da cidade.

Em todo o estado, mais de mil moradores foram obrigados a sair de casa pelo mesmo motivo. O município mais afetado pelas evacuações é Barão de Cocais, com 456 moradores que não sabem quando voltarão para suas residências.

As pessoas que moram perto de barragens devem deixar sua casa quando o nível de segurança dessas estruturas chega a 2 ou 3, indicando risco de rompimento. Atualmente, há quatro barragens no nível 3, alerta máximo, em Ouro Preto, Nova Lima e Barão de Cocais.

Emergência no Rio Grande do Norte
O governo do estado nordestino decretou, no dia 23 de abril, situação de emergência em quatro municípios onde barragens particulares romperam e provocaram enxurradas. A cidade de Santana do Matos, por exemplo, ficou ilhada após a destruição de uma ponte pelas águas que escaparam das barragens.

Os outros municípios afetados são Fernando Pedroza, Angicos e Ipanguaçu. Não houve mortes e ninguém se feriu gravemente.

Com o decreto de emergência, o governo do Rio Grande do Norte pode contratar obras e serviços para conter o efeito das enxurradas de forma mais rápida do que normalmente.

Outro tipo 
As barragens do estado nordestino não são formadas por rejeitos da mineração como as de Minas Gerais (saiba mais sobre as barragens mineiras nas edições 124 e 126 do Joca). Também chamadas de açudes, elas são barreiras artificiais colocadas em rios para reter grandes quantidades de água. Essas barragens servem para abastecer cidade e campo com água e energia elétrica.

#pracegover: o mapa do Brasil é visto na cor rosa, identificando os estados de Minas Gerais e Rio Grande do Norte. Em destaque, o mapa de Minas Gerais, em amarelo, destaca cidades onde barragens estão em risco. A legenda diz: Itabira, barragem interditada; Barão de Cocais, barragem interditada; Nova Lima, barragem em nível 3; Mariana, município já atingido; Ouro Preto, barragem em nível 3; Itabirito, barragem interditada; Brumadinho, município já atingido; Belo Horizonte, capital do estado; Sabará, barragem interditada. Imagem: reprodução.

Fontes: Agência Brasil, Estado de Minas e G1.

Notícia publicada originalmente na edição 130 do jornal Joca.

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