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Mário de Andrade (primeiro à esquerda, no alto) e outros modernistas em 1922, como Rubens Borba de Moraes, Tácito de Almeida, Guilherme de Almeida e Yan de Almeida Prado. / #pracegover: foto em preto e branco com alguns dos modernistas de 1922. Crédito de imagem: DOMÍNIO PEUBLICO_CREATIVE COMMONS

Entre os dias 13 e 18 de fevereiro de 1922, um evento no Theatro Municipal da cidade de São Paulo ocorreu com um objetivo principal: inovar a arte no país. Completando cem anos em 2022, a Semana da Arte Moderna de São Paulo segue influenciando a cultura no Brasil até hoje.

A Semana de 22 reuniu pinturas, declamação de poesia e concertos musicais. Entre os autores das obras estavam a pintora Anita Malfatti, os escritores Oswald e Mário de Andrade e o músico Heitor Villa-Lobos. “Os artistas que participaram do evento promoveram um grito de liberdade, que pode ser ouvido até hoje, principalmente para quem vive e consome a arte brasileira”, diz Miriam Gomes, jornalista da plataforma Agenda Tarsila, que divulga informações sobre o centenário.

Os modernistas lutavam contra a arte acadêmica (que tinha alto rigor estético e era cheia de regras) e estrangeira e a favor de uma arte essencialmente brasileira.

Pagu Elsie Tarsila Anita Eugenia 1922 182
Da esquerda para a direita: Pagu, Anita Malfatti, Tarsila do Amaral, Elsie Houston e Eugênia Álvaro Moreyra. / #pracegover: foto em preto e branco com alguns dos modernistas de 1922. Crédito de imagem: DOMÍNIO PEUBLICO_CREATIVE COMMONS

Em 1922, porém, muitas apresentações da Semana foram vaiadas pelo público e criticadas pela imprensa. “O novo assusta as pessoas, e sempre haverá críticas”, explica a arte-educadora Priscila Macedo. “Mas os artistas não se importaram e, assim, contribuíram para o mundo entender que precisávamos continuar evoluindo, crescendo, criando coisas novas, sem medo de ser ‘modernos’.”

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Cartaz da Semana de 1922 / #pracegover: foto do cartaz de semana de arte moderna, com os dizeres: “Semana de arte moderna. S. Paulo, 1922”. Crédito de imagem: DOMÍNIO PEUBLICO_CREATIVE COMMONS

Origem do movimento
O modernismo chegou ao Brasil antes da Semana de 1922, explica Miriam Gomes. Isso aconteceu quando Oswald de Andrade trouxe o livro Manifesto Futurista (1909), do italiano Filippo Marinetti, na volta de uma viagem que fez à Europa em 1912. “Um pouco depois, em 1917, Anita Malfatti, recém-chegada dos Estados Unidos, inaugurou a Exposição de Pintura Moderna”, acrescenta ela.

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Catálogo do evento. / #pracegover: foto do catálogo do evento, com ilustração em preto e branco e os dizeres: “Semana de Arte Moderna 1922. Brasil Correio 1,00”. Crédito de imagem: DOMÍNIO PEUBLICO_CREATIVE COMMONS

Como saber mais sobre a semana de 22?
Confira opções para se aprofundar no assunto e continuar celebrando o centenário do evento:

• Podcast O Assunto, sobre os 100 anos da Semana de Arte Moderna.

• Livro Uma Semana Inesquecível, de Mércia Leitão e Neide
Duarte, conta sobre a Semana especialmente para as crianças.

• Exposição Pilares de 22 exibe caricaturas de 5 metros de altura de 16 modernistas. Até 13 de abril, no Memorial da América Latina, em São Paulo (SP).

Fontes: Agenda Tarsila, CNN Brasil, Folha de S.Paulo e G1.

Esta matéria foi originalmente publicada na edição 182 do jornal Joca

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Comentários (1)

  • Lucas Pagnano

    1 ano atrás

    Este testo é muito legal Karina

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