Em protesto contra a morte de Mahsa Amini, manifestantes erguem cartaz com foto da jovem. Foto: Omer Messinger/Getty Images

Quarenta dias após a morte da jovem Mahsa Amini (role até o fim da matéria para relembrar o caso), iranianos continuam indo às ruas para protestar contra medidas do governo local que afetam os direitos das mulheres. Aproximadamente 10 mil manifestantes se reuniram na cidade onde ela nasceu, Saqez, no Curdistão, em 26 de outubro, para marcar o 40º dia após a morte de Mahsa – período em que dura o luto no país. 

No entanto, os protestos estão sofrendo repressão por parte das autoridades. Dezenas de manifestantes foram detidos, e as forças armadas chegaram a atirar contra civis. De acordo com a imprensa iraniana, cerca de 15 pessoas morreram e 40 ficaram feridas. 

Parte da cidade de Saqez foi fechada nesse dia. Todas as escolas e universidades da região também deixaram de funcionar na data, mas as autoridades afirmam que o motivo é um aumento no número de casos de gripe. A internet de Saqez também foi cortada. Além disso, no país inteiro iranianos reclamam da falta de internet para se comunicar. 

De acordo com o Ministério das Relações Exteriores do Irã, a imprensa de alguns países estaria incitando a violência contra as autoridades ao relatar os protestos que envolvem o caso de Mahsa. Por isso, o órgão impôs, no fim de outubro, sanções (ou seja, restrições) a veículos localizados na Europa que transmitem notícias no Irã.

A morte de Mahsa Amini

A jovem de 22 anos morreu, em 16 de setembro, após ter ficado em coma (estado em que a pessoa fica inconsciente). Três dias antes, ela havia sido presa na capital, Teerã, em 13 de setembro, pela polícia da moralidade – criada para garantir que as regras de conduta definidas pelo país sejam seguidas. O órgão alegou que Mahsa havia descumprido o código de vestimenta das mulheres e que, por essa razão, ela foi levada para um centro de reeducação, onde as pessoas (principalmente mulheres) são ensinadas a seguir as normas determinadas no Irã.

No entanto, enquanto as autoridades locais afirmam que ela sofria de condições preexistentes (algum tipo de doença), a família nega essa versão e declara que Mahsa não tinha problemas de saúde e poderia ter sofrido violência dentro do centro de reeducação, o que teria levado à morte da jovem.

Fontes: Al Jazeera, Folha de S.Paulo e The NY Times.

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