O governo argentino declarou que implantará o "protocolo antipiquetes", que consiste no uso de forças de segurança federais para bloquear as principais ruas e avenidas de Buenos Aires. Crédito de imagem: Getty Images

No dia 24 de janeiro, teve início na Argentina uma greve geral convocada pela Confederação Geral dos Trabalhadores (CGT). A mobilização influencia diferentes áreas do país como transporte, saúde, educação, aeroportos etc. A duração prevista para a greve é, inicialmente, das 12h à meia-noite. 

A paralisação recebeu o apoio de diferentes grupos, incluindo funcionários públicos, caminhoneiros, trabalhadores de construção e aeroportuários. O motivo da ação idealizada pela CGT é se manifestar contra as últimas medidas impostas pelo presidente Javier Milei, que busca reverter a situação econômica do país com ordens de corte de gastos e outras restrições. 

Em consequência da greve, voos foram cancelados e turistas devem enfrentar problemas para visitar teatros e outras atrações do país, uma vez que a União de Trabalhadores do Turismo, Hoteleiros e Gastronômicos (Uthgra) também aderiu ao movimento.

Em Buenos Aires foram realizadas manifestações em frente ao Congresso Nacional. O governo argentino declarou que implantará o “protocolo antipiquetes” que consiste no uso de forças de segurança federais para bloquear as principais ruas e avenidas da cidade.

Manifestantes seguram faixa com a frase “A pátria não se vende!”, em Buenos Aires. Crédito de imagem: Marcelo Endelli/Getty Images

Segundo informações da polícia local, mais de 130 mil pessoas se reuniram em Buenos Aires para os protestos. Essa é a primeira greve geral que Milei enfrenta desde que assumiu a presidência do país, em dezembro de 2023. 

O que levou à greve? 

De acordo com os grupos mobilizadores da paralisação, o governo argentino está agindo de maneira ilegal com os últimos decretos, especialmente em relação à tentativa de aprovar a “lei de ônibus”, que prevê uma série de mudanças sobre a arrecadação de impostos, fundos para aposentadoria e vários outros fatores econômicos do país. Em contrapartida, representantes do governo argentino alegaram que os manifestantes estão “do lado errado da história”. 

O que o governo diz?

A posição oficial do governo argentino é de que as medidas econômicas são necessárias para retomar o equilíbrio nas contas públicas do país, que passa por uma recessão econômica. O presidente Milei também argumentou que esse foi o caminho que apresentou em campanha. “Há duas ‘Argentinas’: uma que quer permanecer no atraso […] e outra que votou nas ideias da liberdade”, disse Milei em entrevista a uma rádio do país.

Glossário

Impostos: taxas que os governos (municipal, estadual e federal) cobram da população. O dinheiro arrecadado é utilizado em áreas como educação e saúde. Alguns dos principais impostos dos municípios brasileiros, por exemplo, são o Imposto Predial e Territorial Urbano (IPTU), cobrado das pessoas que têm algum imóvel na cidade (casa, apartamento, loja etc.), e o Imposto Sobre Serviços (ISS), em que empresas e trabalhadores pagam uma parte do que recebem.

Fontes: The New York Times, Folha de S.Paulo, Agência Brasil, CNN, CNN e Reuters.

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