Casos de protestos envolvendo obras de arte e patrimônio cultural e histórico têm aumentado
Em 18 de janeiro, a Itália aprovou uma lei que aumenta a penalização para quem danificar monumentos e o patrimônio cultural e histórico do país (edifícios, locais ou objetos tão importantes para a nação que devem ser preservados como estão).
As multas, antes de 1.500 a 15 mil euros, passaram para 40 mil euros (cerca de 214 mil reais) em caso de danos e 60 mil euros (320 mil reais) se houver destruição do monumento ou local. O valor poderá ser utilizado para a restauração do que foi danificado.
O projeto foi apelidado de “lei dos ‘ecovândalos’” e surge em meio ao aumento de protestos que atingem obras de arte, monumentos e pontos turísticos da Europa. Em 2023, por exemplo: a água da Fontana di Trevi (foto), em Roma, capital italiana, ficou preta após ativistas jogarem carvão vegetal nela; em Florença, também na Itália, o Palazzo Vecchio teve um pedaço da fachada pintado de laranja.
Grande parte das manifestações pede a interrupção do uso de combustíveis fósseis (que colaboram para o efeito estufa). Para os ativistas, os protestos podem surtir mais efeito após a repercussão em torno das obras e locais famosos atingidos.
MONA LISA
Mais recentemente, em 28 de janeiro, duas manifestantes pelo direito “à alimentação sustentável para todos” jogaram sopa no vidro blindado que protege o quadro Mona Lisa, de Leonardo da Vinci, no museu do Louvre, em Paris, França. De acordo com as leis locais, elas poderão ser condenadas a pagar multa de 1.500 euros (8 mil reais).
GLOSSÁRIO
COMBUSTÍVEIS FÓSSEIS: materiais produzidos por meio da decomposição de seres vivos e que são capazes de gerar energia elétrica. Por exemplo: carvão mineral, petróleo e gás natural.
EFEITO ESTUFA: fenômeno que mantém o planeta aquecido, mas que é intensificado por gases poluentes, como dióxido de carbono. Ao serem liberados (por transportes que usam combustíveis fósseis e indústrias, por exemplo), esses gases sobem para a atmosfera terrestre e ficam “presos” ali, acumulando-se em uma espécie de camada. Essa camada impede o calor de sair da Terra e, ao ser intensificada pela ação humana, leva ao aquecimento global.
FONTES: FOLHA DE S.PAULO, G1 E REUTERS.
Esta matéria foi originalmente publicada na edição 217 do jornal Joca.
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