O evento deve fazer os termômetros subirem no mundo todo
No dia 20 de março, o verão terminou no hemisfério sul, dando início ao outono. Um pouco antes disso, em fevereiro, um fenômeno climático conhecido como La Niña teve seu encerramento confirmado pelos meteorologistas. Com o fim do La Niña, os cientistas alertaram para a chegada de outro fenômeno, o El Niño, que deve elevar as temperaturas em todo o mundo.
O La Niña e o El Niño são fenômenos naturais que ocorrem no Oceano Pacífico. Ambos afetam de maneiras diferentes a temperatura e os padrões de chuva em todas as regiões do mundo. Ainda há muitas dúvidas não respondidas sobre eles. Por exemplo, não é possível precisar de quanto em quanto tempo podem ocorrer, nem o impacto exato na temperatura.
Mas já se sabe que, durante o La Niña, as temperaturas globais reduzem cerca de 0,2 grau Celsius ( o C), enquanto no El Ninõ aumentam 0,2o C. Isso porque o primeiro é responsável por resfriar de modo anormal as águas do Oceano Pacífico, enquanto o segundo aumenta a temperatura dessas águas — como a água quente se espalha com mais intensidade, o calor é liberado com mais facilidade na atmosfera.
O que esperar? A partir do segundo semestre deste ano, o El Niño vai começar a influenciar a temperatura. De forma geral, o próximo inverno no Brasil, que se inicia em junho, deve ser menos frio. No Nordeste a seca pode ser mais severa, enquanto no Sudeste e Sul a incidência de chuvas deve aumentar.
Ainda há expectativa para o aumento de eventos de seca em regiões dos Estados Unidos e fortes tempestades na Austrália.
Em entrevista ao Joca, Carine Gama, meteorologista do Climatempo, comenta que não é possível saber com exatidão a duração do El Niño. “A gente só consegue ter informações para os próximos 12 meses. E o que podemos confirmar é que vamos ter o El Niño no nosso inverno, e a primavera e o verão também serão influenciados por esse fenômeno. Mas não há previsão do término”, explicou.
Fontes: Administração Nacional Oceânica e Atmosférica dos EUA, BBC, Climatempo, CNN Brasil e Mundo Educação.
Esta matéria foi originalmente publicada na edição 202 do jornal Joca.
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