As mudanças climáticas são uma preocupação de nível global, sendo responsáveis, assim como outros fatores, pela ocorrência mais frequente de eventos extremos, como enchentes. Há, no entanto, muitas pessoas que têm esperança de frear esse cenário e enxergam nos jovens a chave para um futuro melhor.

Foi a partir dessa crença que o Conselho Internacional para Iniciativas Ambientais Locais (Iclei, na sigla em inglês) decidiu promover ações voltadas para o público infantojuvenil. Ele é uma rede que conecta governos locais, oferecendo serviços de capacitação e demais parcerias em diferentes frentes. No Brasil, o Iclei é responsável por três projetos com colégios da rede pública: a certificação de escolas sustentáveis, em que é organizado um comitê de alunos, pais e funcionários que busca por soluções para reduzir o impacto sustentável do colégio; a capacitação de educadores; e a formação de embaixadores da justiça climática, voltada para estudantes de 7 a 12 anos.

Essa formação é feita em parceria com a Plant-for-the-Planet, iniciativa que trabalha a sustentabilidade com crianças. No curso, o estudante aprende qual a situação climática do mundo e de sua cidade, desenvolvendo um projeto para melhorar a realidade em que vive.

Marina N., 9 anos, de Canoas (SP), tornou-se embaixadora com o objetivo de fazer a sua parte para salvar o meio ambiente. “É muito importante para mim ser embaixadora, porque o mundo está muito poluído. Temos que fazer alguma coisa pelo planeta, porque estamos tendo muitas secas e queimadas. Se não cuidarmos agora, não teremos planeta no futuro.”

Marina N. e outros embaixadores da justiça climática na Câmara Municipal de Canoas, falando sobre o projeto e a importância das crianças no combate `à crise climática. Crédito de imagem: Iclei/divulgação

Outra iniciativa que busca engajar crianças na luta pelo clima é o Escolas Climáticas, projeto do Instituto de Pesquisas Ecológicas (IPÊ) que oferece assistência profissional e financeira para que colégios da rede pública se tornem lugares mais sustentáveis. Em cada escola é formado um coletivo socioambiental com alunos, professores, pais e funcionários. O projeto, ao longo de dois anos, apoia o grupo na busca pelo que pode ser melhorado na escola, como a implantação de hortas comunitárias e reciclagem de resíduos.

Segundo Andrea Pupo, coordenadora do projeto, um dos principais objetivos é trabalhar o protagonismo do coletivo. “Nós queremos desenvolver a autonomia dessas escolas, para que elas continuem tocando essas ações mesmo quando o projeto acabar”, diz. “[No projeto], aprendi a me importar com o meio ambiente, a não desperdiçar água, me importar com a limpeza da escola e várias outras coisas”, conta Pedro Henrique, 11 anos, parte de um coletivo. O IPÊ, até o momento, já desenvolveu a ação nos municípios de Nazaré Paulista, Paulínia, Santana de Parnaíba e Osasco (SP), é patrocinado pelo governo federal, Instituto Alair Martins, Programa Petrobras Socioambiental e tem a colaboração da AWS Amazon.

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Comentários (1)

  • Milena Varizano

    1 ano atrás

    Super interessante!

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