No dia 7 de maio, a polícia da província de Gansu, no noroeste da China, publicou um comunicado informando ter realiza- do a primeira prisão de uma pessoa por um crime relacionado ao ChatGPT — relembre o que é esta Inteligência Artificial (IA) na edição 199. O suspeito, que não teve a identidade revelada, está sendo acusado de usar a IA para produzir notícias falsas. 

Segundo a polícia, o homem criou uma fake news dizendo que nove pessoas haviam morrido em um acidente de trem na região e a publicou em diversos perfis da rede social Baijiahao, somando mais de 15 mil visualizações. Ele confessou ter recorrido ao ChatGPT para escrever o texto usando elementos de notícias que haviam viralizado anteriormente. A condenação pode ir de cinco a dez anos de detenção. 

Lei chinesa 
Em janeiro de 2023, os ministérios da Indústria e Tecnologia de Informação e da Segurança Pública se uniram ao órgão Administração do Ciberespaço da China e criaram uma legislação específica para crimes envolvendo IA. Uma das regras é a de que qualquer conteúdo criado por IA deve ser “claramente rotulado” como tal quando publica- do na internet. Esse foi o primeiro caso de prisão em consequência da nova lei. 

Atualmente, o ChatGPT não está disponível na China, mas usuários conseguem acessá-lo usando uma tecnologia chamada VPN, que permite driblar o bloqueio. Todo sistema desse tipo que quiser operar no país precisará passar por uma inspeção de segurança do governo chinês. 

#pracegover: Homem, usando camisa branca, está de costas digitando em um computador. Na tela é possível vê-lo digitando no serviço de inteligência artificial ChatGPT. Crédito de imagem: Unsplash

Inteligência artificial na prevenção de crimes 
Em julho de 2022, pesquisadores da Universidade de Chicago, nos Estados Unidos, publicaram um estudo com uma IA capaz de prever crimes. Ela consegue alertar onde e quando um delito vai ocorrer, usando estatísticas e análise de dados. No entanto, esse sistema pode cometer erros. Em novembro do mesmo ano, um homem foi preso após ser acusado por uma IA de roubar cartões de crédito. Ele passou uma semana na cadeia antes de descobrirem que o algoritmo de reconhecimento facial, responsável por identificá-lo como o criminoso, estava enganado. 

Fontes: Folha de S.Paulo, South China Morning Post, The New York Times e Yahoo. 

Esta matéria foi originalmente publicada na edição 206 do jornal Joca.

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