Crédito de imagem: AmnajKhetsamtip/Getty Images/reprodução

O Brasil ficou na 39ª posição em um ranking, divulgado em 16 de maio, que analisa a habilidade de leitura e compreensão de texto de estudantes do 4º ano (com 9 e 10 anos). A pontuação média do país foi 419, considerada como “nível baixo” na escala avaliativa do teste. Essa é a primeira vez que o exame — batizado de Progresso no Estudo Internacional de Alfabetização em Leitura (Pirls, na sigla em inglês) — é aplicado em escolas brasileiras.

“Cada estudante recebe um caderno de prova contendo dois textos íntegros (um literário e um informativo), com aproximadamente 18 questões por texto, e gasta cerca de 40 minutos respondendo cada um dos dois textos, totalizando 1h20 de teste, além de 20 minutos de intervalo e 20 minutos para responder ao questionário”

explica o Instituto Nacional de Estudos e Pesquisas Educacionais Anísio Teixeira (Inep) no resumo feito sobre o desempenho brasileiro no exame.

O Pirls tem como objetivo avaliar a capacidade que crianças têm de ler, assimilar o conteúdo e desenvolver o pensamento crítico, por meio de questões elaboradas em cima dos textos lidos. A aplicação oficial do exame foi entre outubro de 2020 e julho de 2022, durante a pandemia da covid-19, em 43 dos 57 países que participaram do Pirls (14 nações acabaram realizando o exame com atraso, portanto não entraram para a classificação oficial).

Segundo o Inep, cerca de 38% dos estudantes brasileiros que realizaram o teste não dominam habilidades básicas de leitura (em outros 21 países participantes, essa porcentagem fica abaixo dos 5%); 24% têm o domínio apenas das habilidades mais básicas; e apenas 13% podem ser considerados devidamente aptos para ler e compreender textos.

“Nem todas as crianças possuem acesso às melhores oportunidades educacionais (…) Equidade não significa que todos os estudantes tenham resultados iguais, mas que quaisquer variações que possam existir nos resultados educacionais não estejam associadas às origens socioeconômicas dos estudantes, ao sexo e à cor/raça, por exemplo”

conclui o Inep.

O Pirls foi desenvolvido, em 2001, pela Associação Internacional Para Avaliação do Desempenho Educacional (IEA, em inglês), organização responsável por promover diversos estudos na área da educação. Nessa edição, participaram cerca de 400 mil estudantes, de mais de 13 mil escolas, em 57 países — além de oito municípios do Canadá, Emirados Árabes Unidos e Federação Russa, que foram usados como referência para gerar o sistema de notas. No Brasil, o Pirls foi feito por 4.941 estudantes, de 187 escolas, em 143 municípios.

Escala avaliativa do Pirls

Crédito de imagem: BRASIL. Instituto Nacional de Estudos e Pesquisas Educacionais Anísio Teixeira (Inep). Brasil no PIRLS 2021: Sumário Executivo. Brasília, DF: Inep, 2023

Fontes: Pirls 2021, Ministério da Educação e Inep.

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Comentários (3)

  • Alexandre Akira Ikeda

    11 meses atrás

    Olá. Seria interessante uma complementação do texto contendo o ranking com as maiores notas e como é a educação nesses países.

  • Jornal Joca

    11 meses atrás

    Olá, Alexandre. Tudo bom? Obrigado pela sugestão! Estamos encaminhando para a equipe de redação. Até mais!

  • Milena Varizano

    11 meses atrás

    :(

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