De acordo com os especialistas, a vacinação é a melhor forma de prevenção da doença
Um crescimento no número de casos de meningite tem sido motivo de atenção no Brasil. De acordo com o Ministério da Saúde, de janeiro até 30 de setembro de 2022, foram registrados 5.821 casos e 702 mortes pela doença. No ano passado todo, foram 6.874 casos e 793 vidas perdidas. Ou seja, em nove meses, 2022 já teve quase 85% da quantidade de casos registrada durante todo o ano de 2021.
O aumento traz mais preocupação em virtude da baixa adesão da população à vacinação. Por isso, alguns locais estão fazendo uma campanha de multivacinação, que abrange diversas doenças, incluindo a meningite meningocócica (saiba mais a seguir). Na cidade de São Paulo, por exemplo, ela segue até 30 de outubro.
Até 30 de setembro, 52,08% do público-alvo tinha sido vacinado. O Ministério da Saúde tem como objetivo imunizar 95% dessas pessoas.
O que é a meningite?
Trata-se de uma inflamação das membranas que envolvem o sistema nervoso central, responsável por receber e interpretar os comandos de outras partes do corpo.
De acordo com a Organização Mundial da Saúde (OMS), existem 12 grupos de meningite. Entre os tipos mais comuns estão a meningocócica, causada por bactérias, e a viral, provocada por vírus. Existem também as meningites fúngicas (com origem em fungos).
A que mais tem sido registrada no Brasil é a meningocócica. Ela pode ser transmitida de uma pessoa a outra por meio das pequenas gotas de saliva que emitimos, por exemplo, quando falamos, tossimos ou espirramos. Os principais sintomas são dor de cabeça, febre, rigidez no pescoço e um estado de desânimo.
Em entrevista ao Joca, a médica infectologista Mirian Dal Ben, do Hospital Sírio-Libanês, de São Paulo (SP), ressalta a importância da vacinação para evitar a doença e indica que, no caso de dúvidas sobre se o imunizante foi ou não tomado, o melhor é ir a um posto de saúde para receber orientações. “As crianças não devem ter medo de tomar a vacina, é uma picadinha muito importante para evitar dores que poderiam ser muito piores no futuro”, diz ela.
Fontes: Brasil Escola, G1, Ministério da Saúde, O Globo e Valor Econômico.
Esta matéria foi originalmente publicada na edição 196 do jornal Joca.
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