Crédito de imagem: Comissão de Energia Atômica da França/X/reprodução

Foram divulgadas, em 2 de abril, as primeiras imagens de um cérebro humano capturadas pela Iseult, a máquina de ressonância magnética mais potente do mundo. Segundo a Comissão de Energia Atômica (CEA) da França, responsável pelo aparelho, essas são as imagens mais precisas já captadas de um cérebro vivo e foram registradas em apenas quatro minutos. “Para efeito de comparação, a mesma qualidade de imagem exigiria horas com scanners [comuns]. Isso não é realista na prática, pois os pacientes não se sentiriam confortáveis ​​e qualquer movimento ‘desfocaria’ a imagem”, explica a CEA em comunicado.

Ressonância magnética: exame capaz de captar imagens em 3D internas de modo não invasivo, por meio de forças magnéticas que interagem com prótons (estruturas minúsculas da matéria) do nosso corpo.

A pesquisa e o desenvolvimento da Iseult já duram 20 anos. Para medir a capacidade de um aparelho de ressonância, usa-se a unidade de medida tesla, que determina a intensidade de um campo magnético. Enquanto a potência das máquinas mais presentes em hospitais varia de 1,5 a 3 teslas, o Iseult possui uma potência de 11,7 teslas. Assim, a máquina é capaz de alcançar uma resolução sem precedentes, com muitos detalhes da anatomia e atividade cerebral.

Imagens do cérebro humano captadas com o mesmo tempo de exposição, mas por máquinas de diferentes potências. Crédito de imagem: CEA/divulgação

Com a tecnologia da Iseult, será possível estudar com mais aprofundamento doenças neurodegenerativas, como Alzheimer e Parkinson, e seus tratamentos. As imagens também facilitarão a pesquisa sobre transtornos mentais e atividades comuns do cérebro.

“Com o projeto Iseult, um mundo totalmente novo se abre diante dos nossos olhos, e estamos entusiasmados em explorá-lo. Ainda precisamos de vários anos de investigação para desenvolver e melhorar os nossos métodos de aquisição e garantir que os dados tenham a mais alta qualidade possível. Nosso objetivo é investigar doenças neurodegenerativas entre 2026 e 2030, bem como outras doenças que se enquadram mais na psiquiatria, como esquizofrenia e transtornos bipolares. As ciências cognitivas também terão uma importância fundamental na nossa investigação!”, 

diz Nicolas Boulant, chefe do projeto Iseult e diretor de investigação da CEA, em nota.

O projeto do Iseult teve, ao todo, mais de 200 colaboradores da CEA, além de parceiros como as empresas Alstom (fabricante dos ímãs utilizados na máquina), Siemens Healthineers, Guerbet e a Universidade de Freiburg, na Alemanha. Nos últimos meses de pesquisa, cerca de 20 pessoas se voluntariaram para que o cérebro delas fosse escaneado pelo aparelho.


Fontes: CEA, G1 e CNN.

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Comentários (2)

  • Francisco Moura Sarkovas

    2 semanas atrás

    Que loucura!

  • Leila Cristina Despincieri Santos

    3 semanas atrás

    Oi pessoal do Jornal Joca! Que legal...Não sabíamos que é possível captutar imagens do cérebro e nem de dentro do nosso corpo. Gostamos de saber que existe uma tecnologia que pode nos mostrar se temos algum problema de saúde dentro da gente. Até a próxima sexta-feira! EMEF. Dr. João Mendes Júnior - 2º ano A - Assis/SP

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