No dia 14 de agosto, Srettha Thavisin, primeiro-ministro da Tailândia, foi destituído do cargo pelo Tribunal Constitucional do país. Segundo as autoridades, ele violou o código de ética da função ao nomear para seu gabinete (grupo de pessoas que atuam de maneira próxima no mandato de um representante político) um advogado que já havia sido condenado pelo crime de tentativa de suborno a funcionários do tribunal. 

Primeiro-ministro: premiê ou primeiro-ministro é o chefe de um governo parlamentarista, como o do Reino Unido. O cargo também pode figurar em governos semipresidencialistas (ou seja, com a presença de um primeiro-ministro e um presidente).

Suborno: ocorre quando uma pessoa se utiliza de poder financeiro, ou seja, oferece dinheiro para atribuições que não podem ser compradas, incluindo, principalmente, ações relacionadas ao funcionamento da lei. 

A votação no tribunal pela condenação de Srettha teve cinco votos a favor e quatro contrários. Vale ressaltar que o premiê chegou ao poder em 2023, após o fim de um regime ditatorial (quando não há participação da população na escolha dos líderes políticos) militar que durou quase dez anos na Tailândia.

A política tailandesa já se encontrava em um cenário turbulento após uma decisão, também judicial, de dissolver (desfazer) o principal partido de oposição, que havia conquistado a maioria das cadeiras do parlamento nas últimas eleições. O Tribunal Constitucional também alegou que houve uma violação na Constituição. O país segue um regime de governo parlamentarista, em que há o chefe de governo (primeiro-ministro) e o chefe de Estado (rei ou presidente). 

Constituição: conjunto de leis que organiza uma nação. Todos são obrigados a respeitá-la.

Parlamento: assembleia composta por políticos que representam os cidadãos.

Agora, de acordo com o parlamento do país, uma reunião no dia 15 irá discutir como será a votação para definir o novo primeiro-ministro da Tailândia. Até a substituição, o gabinete interino de Srettha, que declarou aceitar a decisão, continua no comando. 

Fontes: G1, UOL e CNN.