O novo imunizante poderá ser aplicado em quem nunca teve a doença e quem já contraiu o vírus
A Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) aprovou, em 2 de março, o uso de uma nova vacina contra a dengue. A Qdenga foi desenvolvida pelo laboratório japonês Takeda Pharma e é o primeiro imunizante autorizado anvisa aprova vacina contra a dengue para pessoas que nunca tiveram a doença. Antes, a única vacina contra a dengue disponível no Brasil era a Dengvaxia, que é indicada apenas para quem já contraiu o vírus e tem como função evitar formas graves da doença no caso de uma reinfecção.
A Qdenga é recomendada para indivíduos entre 4 e 60 anos e será aplicada em duas doses, com intervalo de três meses entre elas. Tanto as pessoas que já tiveram a doença como quem nunca contraiu o vírus podem se vacinar com o imunizante.
Os cientistas do Takeda Pharma informaram que, durante os testes em seres humanos, a Qdenga preveniu 80% dos casos da doença.
Tempo para produção
Em entrevista ao Joca, Raquel Stucchi, médica infectologista e professora da Universidade Estadual de Campinas (Unicamp), analisou coment á rios que surgiram recentemente, questionando os motivos de a vacina da dengue ter levado muito mais tempo para ficar pronta do que a da covid-19: ‘‘Uma das grandes dificuldades era que a vacina protegesse contra os quatro tipos de dengue. Esse foi o grande desafio: encontrar um imuniza nte que fosse eficaz, seguro e que pudesse ser feito para uma população que já teve ou não a doença”.
A inda não há prazo para que a Qdenga seja oferecida gratuitamente para a população, mas ela deve chegar aos laboratórios privados no segundo semestre deste ano.
Fontes: Fiocruz, G1, Ministério da Saúde e TV Globo.
BRASIL COMEÇA A APLICAR VACINA BIVALENTE CONTRA A COVID-19
No dia 27 de fevereiro, o país iniciou a imunização contra a covid-19 usando uma vacina atualizada em relação aos imunizantes existentes. Conhecida como bivalente, ela protege contra a forma original do novo coronavírus e a variante ômicron. As primeiras pessoas a receber o imunizante são idosos, gestantes e grupos considerados vulneráveis.
Fontes: CNN Brasil e G1.
Esta matéria foi originalmente publicada na edição 201 do jornal Joca
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