A União Europeia aprovou, no fim de agosto, a venda do exame que detecta a síndrome pós-covid-19, também chamada de covid longa. O teste foi desenvolvido pela farmacêutica IncellDx, dos Estados Unidos, e recebeu o nome de incellKINE Long Covid in Vitro Diagnostic.

De acordo com a Organização Mundial da Saúde (OMS), a covid longa atinge uma a cada cinco pessoas que tiveram covid-19. “Se após três meses o paciente ainda estiver com sintomas — como falta de ar, problemas de esquecimento e cansaço ou dificuldade ao andar — ele está com a covid longa”, explica o médico infectologista Julival Ribeiro, membro da Sociedade Brasileira de Infectologia.

Segundo o especialista, o diagnóstico é importante para entender como lidar com a doença conforme a situação. “Caso o paciente apresente um problema pulmonar, por exemplo, é necessário procurar um pneumologista”, diz. “[Esse teste] tem acurácia [eficácia] de 90%, que é uma taxa excelente”, comenta.

Ainda não há estimativa, no entanto, de quando os sintomas da covid longa costumam desaparecer. “O que se sabe é que, quanto maior a gravidade da covid-19 aguda, maior a probabilidade de desenvolver a síndrome pós- -covid-19. Mas isso não quer dizer que as pessoas que tiveram covid-19 leve não possam desenvolver a longa também”, explica o especialista. Por isso, a vacina contra a covid-19 é importante também para prevenir a forma longa da doença: “É o melhor remédio para evitar a síndrome pós-covid”, afirma Julival.

A expectativa é de que as vendas do teste no mercado europeu comecem até o fim de setembro. Ainda não há previsão para comercialização no Brasil.

#pracegover: Mão vestindo luva cirúrgica branca segura tubo de ensaio cheio de sangue. No tubo há uma etiqueta com c´´odigo de barras. Crédito de imagem: GETTY IMAGES/SCIENCE PHOTO LIBRARY RF

COMO O TESTE FUNCIONA?
Estudos comprovaram que pacientes com síndrome pós-covid-19 têm algumas substâncias com padrões específicos no sangue, chamadas de biomarcadores. É o caso da citocina, por exemplo, um tipo de proteína. Assim, os testes buscam a presença desses elementos para indicar se o paciente está ou não com a doença.

Fontes: Estadão, Medscape e Time.


Esta matéria foi originalmente publicada na edição 194 do jornal Joca.

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