Um grupo de 13 deles estava em cavernas na Sibéria
No dia 19 de outubro, cientistas do Instituto Max Planck de Antropologia Evolutiva, da Alemanha, publicaram um estudo na revista Nature mostrando que, pela primeira vez, foram encontrados restos mortais de uma família de neandertais. Um grupo de 13 deles estava nas cavernas Chagyrskaya e Okladnikov, na Sibéria.
O homem de Neandertal é uma espécie humana que não existe mais e fez parte do nosso processo de evolução. Assim como há várias espécies de aves, por muito tempo existiram pelo menos 21 espécies de humanos. Algumas chegaram a conviver no mesmo período, outras nem se encontraram. Os primeiros neandertais surgiram há 350 mil anos e foram extintos há 30 mil anos.
A família encontrada viveu há 54 mil anos. Trata-se de um pai, sua filha adolescente e dois parentes de segundo grau (um jovem e uma adulta — ainda não se sabe se são primos ou tios da adolescente). Além deles, restos mortais de nove neandertais foram encontrados na mesma caverna. Esse é o maior número de achados em um único estudo.
Os pesquisadores analisaram o DNA presente nos ossos para entender melhor como viviam os neandertais. Assim, descobriram, por exemplo, que era comum as mulheres se mudarem para outros grupos e criarem família por lá, enquanto os homens costumavam ficar o resto da vida nos grupos em que nasciam. Ainda se espera descobrir muito mais.
“Nossas descobertas tornam os neandertais mais relacionáveis e, de certa maneira, mais humanos. Eles viviam e morriam em pequenos grupos familiares, provavelmente num ambiente extremo. No entanto, eles conseguiram sobreviver por centenas de milhares de anos”, afirmou o geneticista populacional Benjamin Peter, coautor do estudo, em entrevista à Nature.
CONHEÇA OUTRAS ESPÉCIES HUMANAS
Homo habilis – Viveu entre 2,5 milhões e 1,5 milhão de anos atrás.
Homo erectus – Viveu entre 1,8 milhão e 100 mil anos atrás.
Homo floresiensis – Viveu entre 18 mil e 13 mil anos atrás.
Glossário
DNA: molécula que carrega as informações genéticas de um organismo, como cor dos olhos e altura.
Fontes: Correio Braziliense, Superinteressante, O Globo, Terra, Folha de S.Paulo, Unesp, Yahoo, UFMG e InfoEscola.
Esta matéria foi originalmente publicada na edição 197 do jornal Joca.
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