Nos últimos dias, uma série de Objetos Voadores Não Identificados (Óvnis) foram vistos na América do Norte. Segundo notas publicadas pelo Departamento de Defesa dos Estados Unidos (Pentágono), entre os dias 10 e 12 de fevereiro, o Comando de Defesa Aeroespacial da América do Norte (Norad, uma organização que pertence a EUA e Canadá) abateu três objetos no espaço aéreo do Alasca, em Yukon (território canadense) e no lago Huron (nos EUA).

Óvnis: são objetos desconhecidos flagrados no espaço aéreo por pessoas ou entidades. Nem sempre a natureza dos óvnis permanece desconhecida; após algumas investigações, pode-se identificar o que é o objeto visto e a quem ele pertence. Vale ressaltar que um óvni pode ser qualquer objeto que voe (como balões, drones e aviões) e até mesmo fenômenos naturais (como raios de luz solar e cometas).

Ainda não se sabe de onde esses objetos vieram ou por que estavam sendo utilizados. De acordo com Pat Ryder, secretário de imprensa do Pentágono, o departamento aguarda a recuperação dos itens abatidos para que possa estudá-lo.

Ryder diz que as autoridades optaram por derrubar os óvnis porque eles apresentavam uma possível ameaça a aviões, em função da altura que voavam, além da possibilidade de serem equipamentos de espionagem enviados por outros países. O secretário do Pentágono afirmou ainda que os objetos atingidos nos últimos dias não se assemelham ao balão chinês derrubado em 2 de fevereiro (saiba mais abaixo). O óvni do Alasca tinha o tamanho de um carro pequeno, o de Yukon tinha formato cilíndrico e o do lago Huron era composto por oito lados.

“Não temos mais detalhes sobre o objeto neste momento, incluindo qualquer descrição de suas capacidades, propósito ou origem”,

disse o secretário em relação ao primeiro óvni, abatido no Alasca.

A China, por sua vez, anunciou, também no dia 12, que um óvni foi visto sobrevoando o mar próximo à cidade de Rizhao. Já no dia seguinte, o governo chinês afirmou que, só no ano de 2022, os EUA enviaram dez balões ao espaço aéreo da China, sem as devidas autorizações. O governo norte-americano, no entanto, nega a acusação.

“Deixamos claro várias vezes que a entrada do dirigível civil chinês não tripulado no espaço aéreo dos EUA foi um evento puramente não intencional, inesperado e isolado, causado por força maior. Quanto aos ‘objetos não identificados’ sobre os quais você perguntou, não tenho nada a dizer sobre isso”,

afirmou Wang Wenbin, vice-diretor do Departamento de Informação do Ministério de Relações Exteriores da China, em 13 de fevereiro.

EUA ACUSAM CHINA DE ESPIONAGEM

Em 2 de fevereiro, o governo dos Estados Unidos divulgou que um misterioso balão chinês tinha sido visto sobrevoando seu espaço aéreo. O país acusou a China de usar o objeto para espionagem. O governo chinês, por outro lado, alegou que se tratava de um balão meteorológico (utilizado para fazer a previsão do tempo) que desviara de rota.

Dois dias depois, o governo dos EUA derrubou o objeto, do tamanho de três ônibus escolares enfileirados, na costa do estado da Carolina do Sul.

O incidente reforçou a tensão já vivida entre as duas nações. Após os acontecimentos, o secretário de Estado dos EUA (membro do governo que trabalha próximo ao presidente Joe Biden), Antony Blinken, cancelou uma viagem que faria à China. Entretanto, o Ministério das Relações Exteriores da China declarou em comunicado que “na verdade, os EUA e a China nunca anunciaram nenhuma visita (…)”. (Texto publicado na edição 199 do Joca).

Fontes: Pentágono, Ministério das Relações Exteriores da República Popular da China, G1, G1, UOL e UOL.

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