Depois do incêndio de 2018, o Museu Nacional (RJ) reabrirá parcialmente ao público em junho de 2024
O Museu Nacional, localizado na cidade do Rio de Janeiro (RJ), apresentou ao público a primeira peça que irá compor o conjunto de meteoritos expostos na instituição desde que o prédio sofreu um incêndio, em 2018. Trata-se do meteorito batizado de Santa Filomena, originário de uma chuva de meteoros que ocorreu em 2020, na cidade de Santa Filomena (PE). O descobrimento da rocha foi divulgado, em 13 de abril, por Amanda Tosi, Maria Elizabeth Zucolotto e Diana Andrade, pesquisadoras responsáveis pelos estudos conduzidos em Pernambuco na ocasião.
A peça pesa quase 3 quilos e tem, segundo as pesquisadoras, cerca de 4,56 bilhões de anos (pouco mais de 50 milhões de vezes o tempo de vida de alguém de 90 anos). “Dentre os diversos fragmentos caídos na cidade, este foi o escolhido para compor a coleção do museu por apresentar características únicas. Entre elas, a presença de uma crosta de fusão fresca e depressões na superfície que parecem marcas de dedo, menos comuns de serem vistas em exemplares do tipo rochoso”, disse a professora Maria Elizabeth em entrevista à Agência Brasil. Assim, o meteorito é importante porque revela indícios de como o universo era há bilhões de anos.
“Esse trabalho, publicado em uma das principais revistas da área, mostra, mais uma vez, que os profissionais do Museu Nacional continuam gerando pesquisa de qualidade e realizando parcerias, demonstrando que a instituição está mais viva do que nunca! A previsão é de abrir grande parte do museu nos primeiros meses de 2026, exibindo peças de destaque como o meteorito Santa Filomena”,
declarou Alexander Kellner, diretor do museu.
Em setembro de 2018, um incêndio se espalhou pelo prédio do local, destruindo, completa ou parcialmente, mais de 20 milhões de itens que faziam parte do acervo. O fogo começou após um curto-circuito no sistema de ar-condicionado da instituição. Saiba mais sobre o incidente aqui no Joca:
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A instituição foi criada durante o reinado do português dom João VI, em 1818. No início, o museu ocupava outro endereço no Rio de Janeiro. Em 1892, o acervo foi para o Palácio São Cristóvão, na Quinta da Boa Vista, que tinha sido residência da família real portuguesa e da família imperial brasileira até 1889.
O Museu Nacional tinha o maior acervo de história de ciência natural da América Latina. Durante o incêndio de 2018, 85% dos cerca de 20 milhões de itens foram destruídos. Em setembro de 2022, uma parte das obras foi concluída com a entrega da fachada e do jardim frontal do palácio.
Fontes: Agência Brasil e CNN.
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