Mostra traz peças recuperadas do incêndio que aconteceu em setembro de 2018.
Uma exposição com mais de cem obras recuperadas após o incêndio no Museu Nacional vai ser realizada no Centro Cultural Banco do Brasil (CCBB) do Rio de Janeiro (RJ), no dia 27 de fevereiro. Museu Nacional Vive – Arqueologia do Resgate vai celebrar o trabalho dos arqueólogos que reviraram os escombros da tragédia para recuperar as peças perdidas — 103 delas vão fazer parte da mostra, assim como outros 77 objetos que foram preservados por não estarem no prédio atingido pelo fogo.
Um dos maiores destaques da exposição é o crânio de um jacaré-açu, o maior da Amazônia. Esculturas do Antigo Egito (de 1380 antes de Cristo) também vão compor a exibição.
O crânio de Luzia, o fóssil humano mais antigo (encontrado nas Américas há mais ou menos 12 mil anos, o que faz com que ela seja considerada a primeira brasileira), era a estrela da exposição original. Por não ter sido totalmente preservado, ele não vai fazer parte da mostra e será substituído por uma réplica.
Os objetos foram resgatados por uma equipe que trabalhou sob sensação térmica, ou seja, a temperatura que sentimos no ar, de até 46 graus Celsius (°C). Para ter uma noção, a sensação térmica mais alta no Rio de Janeiro em 2018 foi de 45,3°C.
A previsão é de que a estrutura do Palácio São Cristóvão, parte do local que foi atingida pelo fogo, e os trabalhos de resgate das peças estejam terminados até março, quando será instalada uma cobertura provisória para que o Museu Nacional volte a funcionar o mais cedo possível.
Cerca de 25% (ou um quarto) da instituição já foi recuperada, e as buscas vão ficar ainda mais eficientes quando a cobertura for instalada porque será mais fácil vasculhar os andares mais baixos que foram soterrados.
A exposição no CCBB fica aberta para visitação até 29 de abril. A entrada é gratuita.
Fontes: Estadão e Folha de S.Paulo.
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