Na cidade de São Bernardo do Campo (SP), a Escola Terra Mater reuniu alunos de 6º a 9º ano para participar da ação dos jornais Joca e TINO Econômico
O projeto Futuro em Pauta, lançado, em fevereiro, pelos jornais Joca e TINO Econômico, tem permitido que escolas ao redor do Brasil promovam conversas e debates com os estudantes sobre alguns dos principais desafios brasileiros relacionados a dois temas: economia e educação.
Um dos colégios que está participando da ação é a Escola Terra Mater, localizada na cidade de São Bernardo do Campo (SP). No dia 11 de maio, a instituição organizou uma manhã inteira com estudantes do 6º, 7º, 8º e 9º anos para debater os três desafios propostos pelo Futuro em Pauta para a educação. São eles: analfabetismo, frequência/evasão escolar e infraestrutura das escolas.
O que é o Futuro em Pauta?
A iniciativa tem por objetivo levar crianças e adolescentes a refletir sobre o que acontece no Brasil e no mundo e o que esperam de seu país, promovendo, assim, a prática cidadã e o protagonismo infantojuvenil. Para isso, a Editora Magia de Ler (que publica o Joca e o TINO) reuniu, em um único documento, sugestões, propostas e soluções para os problemas mais urgentes no âmbito das áreas da economia e educação, todos eleitos por estudantes do ensino fundamental e do ensino médio, tanto de escolas públicas como particulares. Em agosto de 2023, a equipe da editora entregará o material aos ministros da Fazenda e da Educação ou a seus representantes.
Antes do encontro de 11 de maio, educadores e alunos já haviam estudado os materiais fornecidos pelo projeto, como uma maneira de se preparar para a manhã de debates. Ao longo de algumas aulas, todos tinham trabalhado com o raio X da economia e o raio X da educação em sala de aula – clique aqui para ter acesso a esses materiais gratuitos do Futuro em Pauta. Desse modo, os estudantes chegaram bem-preparados para a manhã de conversas e reflexões.
Os resultados dos debates darão origem às sugestões que a Terra Mater enviará para o projeto Futuro em Pauta até o dia 14 de junho (prazo para que todas os inscritos compartilhem as propostas de seus estudantes com a equipe da ação).
A seguir, confira detalhes de como os educadores e os estudantes da Terra Mater conduziram esse trabalho na escola.
• Divididos em grupos mistos (com alunos de 6º, 7º, 8º e 9º anos), os estudantes conversaram sobre ações que poderiam ser feitas para combater e erradicar o analfabetismo no Brasil. “Sem o ensino básico, não tem como um adulto construir a sua vida, ter as suas coisas”, disseram alguns deles enquanto conversavam. “É preciso que existam mais programas de educação para jovens e adultos”, comentaram outros.
• Os debates ainda trouxeram pontos relevantes para o tema, como a necessidade de existir transporte para os jovens irem até a escola e de programas de incentivo à leitura. “Mesmo que você não saiba ler e escrever, quando alguém lê para você, é uma forma de incentivo”, ressaltaram.
• Não demorou para que os alunos começassem a associar o analfabetismo com questões econômicas. Muitos chegaram à seguinte conclusão: “O analfabetismo é um círculo vicioso. Quem é analfabeto não consegue um bom emprego e paga menos impostos, o que gera menos recursos para o governo investir no país – como na própria educação”.
• Ao fim dos debates, cada grupo apresentou para todos, reunidos na quadra da escola, suas propostas para combater o analfabetismo.
• Os mesmos grupos mistos voltaram a se reunir para criar perguntas sobre o tema. Em seguida, com todos os grupos juntos, algumas questões foram sorteadas.
• Exemplos de perguntas levantadas:
– Por que a evasão escolar aumentou entre 2019 e 2021?
– Por que a evasão escolar é maior na educação infantil e no ensino médio?
– Quais são as consequências da evasão escolar?
• A partir da pergunta sorteada, cada grupo partia para uma nova conversa até chegar a uma resposta. Na sequência, um representante de cada grupo apresentou para todos o que havia sido elaborado com a ajuda de seus colegas.
• De volta a seus grupos mistos, e baseados em tudo o que foi estudado e debatido, os estudantes começaram a pensar e desenvolver um plano para criar uma escola perfeita.
• Depois da conversa inicial, eles receberam folhas de papel em branco para traçar uma planta de como a escola deveria ser. Nas semanas seguintes, durante as aulas de arte, todos passariam a desenvolver uma maquete.
• Alguns dos pontos levantados que uma escola perfeita deveria ter:
– Áreas de lazer, como pátio e quadra.
– Aula de Libras (Linguagem Brasileira de Sinais).
– Aulas extracurriculares.
– Biblioteca.
– Maneiras de desenvolver o interesse dos alunos em frequentar a escola e estudar. Por exemplo: aulas de música, xadrez e esportes atraem os estudantes.
– Horta.
– Laboratório de ciências.
– Mais professores (além de educadores mais envolvidos com os alunos, que consigam cativá-los para o estudo).
– Mais recursos para pessoas com deficiência (PCDs) e adaptações para aqueles que não enxergam.
– Sala de artes.
– Sala de informática.
– Salas de aula amplas e bem-organizadas.
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