Comemorado em 20 de outubro, o Dia do Poeta traz à memória a poesia, um gênero artístico milenar que pode ser feito por meio de palavras, imagens, sons e outros elementos. Dentro das escolas, a produção e leitura de poemas (gênero de texto poético) pode funcionar como a porta de entrada para o mundo da literatura, além de estimular a criatividade e o senso artístico.

Na Emef Profª Maria Diva Franco de Oliveira, em Mogi Guaçu (SP), as professoras Eliana Tanabe, Vandenilda Kawati e Daniela Mendonça desenvolveram com as turmas de 5º ano um projeto de construção coletiva de poesia. Ao longo de boa parte do ano, os alunos criaram juntos uma estrofe com rimas para cada colega da sala. Os textos trazem curiosidades e elogios para cada um.

No fim, as estrofes, acompanhadas de retratos dos estudantes, formaram em cada turma os livros: Um Pouquinho de Cada Um, Poesia e Alegria e Turminha da Sala 4 — todos com um prefácio (texto de apresentação) escrito por Fátima Fílon, poeta e integrante do grupo Teodoras do Cordel (gênero literário escrito em versos).

“Com a modernidade e a rapidez das coisas, poucas pessoas gostam tanto de poesia, porque ela acaba sendo mais difícil de ser compreendida. Nós colocamos uma sementinha para que eles tenham o gosto por esse tipo de texto”, reflete a professora Daniela.

Em 26 de setembro, as turmas organizaram uma noite para apresentar os poemas e cada aluno autografar os livros, presenteando familiares (foto abaixo). Miguel D. e Nicolly F., do 5º ano A e B, sentiram-se estrelas na noite de autógrafos. O projeto, segundo Davi C., do 5º C, ainda ajudou alunos que não sabiam ler: “Eu não sabia fazer rima, agora sei”.

#pracegover: crianças sentadas em uma sala de aula. Elas estão lado a lado, com as mesas organizadas em formato de U. Ao centro, outra mesa para apoiar os livros na sessão de autógrafos. Crédito de imagem: Emef Profa. Maria Diva Franco de Oliveira

Poesia concreta
Outra escola que trabalhou recentemente com poesia em sala de aula, desta vez no 4º ano, foi a Eliezer Max, do Rio de Janeiro (RJ). No terceiro trimestre, as turmas leram A Caligrafia de Dona Sofia, de André Neves, que conta a história de uma professora aposentada e apaixonada por poemas, a ponto de espalhá-los pelas paredes da casa inteira. Com a leitura, os estudantes aprenderam a recitar e produzir textos poéticos.

Uma das atividades envolveu poesia concreta, um conjunto de textos e palavras que, ao ser disposto de determinada maneira, forma imagens relacionadas ao conteúdo. “Nas produções, os alunos trazem a beleza em temas do cotidiano deles, como a escola, amigos e família”, conta Simone Messias, coordenadora pedagógica do colégio.

#pracegover: cartaz com a palavra “poeta” escrita no centro e outras no entorno, além de algumas ilustrações. É possível ler: “Faço versos de bobo e não há acerto que me faça não errar de novo”; “Poeta”; “Poeta + poesia = amor”. Crédito de imagem: Escola Eliezer Max

Depois de criar poemas coletivos e individuais (exemplo na foto acima), os estudantes se preparam para a Festa Literária da escola, em 5 de novembro. Além de expor murais e varais de poesia, eles irão recitar textos e convidar os familiares a fazer o mesmo. Para Fernanda B., do 4º ano, a poesia é muito bonita e mexe com o coração. Já Flor F., da mesma turma, diz em uma de suas produções que “ser poeta é fazer as pessoas refletirem e se encantarem, colocando óculos nelas”

Esta matéria foi originalmente publicada na edição 213 do jornal Joca.

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