Colombianos protestam em Bogotá, na Colômbia, em 21 de novembro. Foto: Daniel Garzon Herazo/NurPhoto via Getty Images
Colombianos protestam em Bogotá, na Colômbia, em 21 de novembro. Foto: Daniel Garzon Herazo/NurPhoto via Getty Images

Milhares de pessoas, principalmente estudantes e professores, reuniram-se nas cidades colombianas de Bogotá e Cali nos dias 21 e 22 de novembro para protestar contra medidas do presidente Iván Duque. 

Alguns dos principais pedidos dos manifestantes são que o governo invista mais na segurança dos indígenas e na educação. Além disso, eles pedem que o presidente cancele as propostas de aumentar a idade em que os cidadãos podem pedir a aposentadoria (dinheiro que as pessoas recebem depois de certa idade ou determinado tempo de trabalho) e elevar a taxa que os trabalhadores precisam pagar ao governo para garantir seus direitos (como férias em que continuam recebendo salário, por exemplo). 

Os manifestantes decretaram greve geral, uma paralisação de serviços essenciais, como transportes, que começou no dia 21. Alguns ônibus de Cali e Bogotá pararam porque um grupo que está participando dos protestos bloqueou partes de suas rotas, e municípios como Soacha decidiram suspender as aulas das escolas. 

Outras cidades tiveram pessoas que mostraram sua insatisfação com panelaços, que são batidas em panelas para chamar a atenção para os problemas que identificam no país.

Na noite do mesmo dia, Duque afirmou em um comunicado oficial que está ouvindo as opiniões e pedidos do povo e que percebe que alguns dos argumentos dos manifestantes são válidos. Porém, nenhuma medida concreta foi anunciada até o momento.

Colombianos levantam a bandeira do país em protesto contra o presidente Ivan Duque. Foto: Guillermo Legaria Schweizer/Getty Images
Colombianos levantam a bandeira do país em protesto contra o presidente Iván Duque. Foto: Guillermo Legaria Schweizer/Getty Images

Quantos manifestantes participaram? 

Quatro porta-vozes de organizações que promoveram os protestos afirmaram à agência de notícias francesa (AFP) que mais de um milhão de pessoas participaram das manifestações. Já a ministra do Interior da Colômbia, Nancy Gutiérrez, afirmou que eram, no máximo, 207 mil manifestantes. 

Confrontos nos protestos

O ministro da Defesa, Carlos Holmes Trujillo, afirmou que ao menos três manifestantes foram mortos durante os protestos. Ele também afirmou que houve conflitos entre manifestantes e policiais que deixaram 122 cidadãos e 151 policiais feridos. Além disso, 98 pessoas foram presas.

De acordo com a imprensa colombiana, estão acontecendo saques em supermercados (roubos feitos por várias pessoas ao mesmo tempo) e 68 estações de transporte coletivo (como ônibus) foram danificadas por cidadãos, assim como três caminhões de bombeiros e quatro ambulâncias. 

O governo afirma que está em alerta para que não haja violência nos protestos. Foram empregadas 170 mil pessoas para reforçar a segurança e todas as fronteiras do país foram fechadas, pois o presidente acredita que habitantes de outros países estão entrando na Colômbia para se infiltrar nas manifestações. 

Onda de manifestações na América do Sul

Outros países da América do Sul, como Argentina, Bolívia, Chile, Equador e Peru, também tiveram ou estão tendo manifestações e confrontos políticos desde outubro. Confira as edições 139 (Equador e Peru), 140 (Equador e Chile) e 141 (Bolívia, Argentina e Chile) do Joca para saber mais.

Fontes: BBC, Correio Braziliense, El País, El Espectador, El Tiempo, Estado de Minas, Exame, Gaúcha ZH, e Opinião e Notícia.

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