O presidente do Equador, Lenín Moreno, liberou, no dia 14 de outubro, o subsídio que reduz o preço dos combustíveis no país. A medida atende às exigências de parte da população, que protestava há quase duas semanas. “Fizemos uma escolha pela paz”, escreveu em uma rede social Moreno, que tomou a decisão após um encontro com manifestantes indígenas. Subsídio é
O presidente do Equador, Lenín Moreno, liberou, no dia 14 de outubro, o subsídio que reduz o preço dos combustíveis no país. A medida atende às exigências de parte da população, que protestava há quase duas semanas. “Fizemos uma escolha pela paz”, escreveu em uma rede social Moreno, que tomou a decisão após um encontro com manifestantes indígenas.
Subsídio é o dinheiro dado pelo poder público a algumas atividades da economia para manter os preços acessíveis à população. No Equador, ele é responsável por deixar o valor do combustível baixo há 40 anos. Quando o benefício foi retirado, em 3 de outubro, o preço do galão de diesel subiu de 1,03 dólar para 2,30 dólares e, o da gasolina, de 1,85 dólar para 2,39 dólares, causando revolta (saiba mais na edição 139 do Joca). Profissionais do transporte e grupos indígenas entraram em greve e bloquearam estradas para pressionar o governo. As manifestações terminaram com oito mortes, 1.340 feridos e 1.192 presos.
Depois do recuo do presidente, o preço do combustível retornou ao valor anterior e o serviço de transporte público no país voltou ao normal. As aulas, suspensas desde 8 de outubro, foram retomadas em todas as escolas no dia 15.
Correspondente internacional
“Não tive aula porque não havia transporte — policiais e indígenas estavam brigando nas ruas e pneus pegavam fogo. Eu me senti preso por não poder sair. Também fiquei assustado com os gritos e o barulho das bombas. Pensei que ficaria mais uma semana sem aula. Acho que o presidente Lenín Moreno não eliminou o decreto que aumentava a gasolina porque quis, mas porque as pessoas fizeram muitas manifestações.” Matías Ezequiel C., 8 anos, Quito (Equador)
Esta matéria foi originalmente publicada na edição 140 do jornal Joca.
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