Segundo dados da pesquisa “Estatísticas do registro civil”, realizada pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), divulgados no dia 27 de março, o Brasil registrou, em 2022, o menor número de nascimentos desde 1977. Esse é o quarto ano de queda no índice. A pesquisa leva em conta apenas registros de nascimentos oficialmente inscritos em cartório.

Foram 2,54 milhões de novos registros em 2022, cerca de 3,5% a menos do que em 2021, que teve 2,63 milhões. Todas as regiões brasileiras apresentaram queda no número de nascidos, com Norte e Nordeste mostrando os maiores declínios. Os únicos estados que não entraram na tendência foram Santa Catarina e Mato Grosso. 

POR QUE OS NASCIMENTOS ESTÃO DIMINUINDO? 

O isolamento social provocado pela pandemia da covid-19 influenciou o número. Além disso, questões econômicas e sociais fazem com que cada vez mais pessoas decidam não ter filhos. “Nós observamos um fenômeno de menos pessoas querendo ter filhos; são números que vêm diminuindo ano a ano, com uma oscilação ou outra, desde os anos 1970”, explicou Klivia Brayner de Oliveira, gerente de pesquisas do IBGE, em entrevista ao jornal O Globo.

#pracegover: imagem de um pôster avisando sobre como se prevenir contra o coronavírus em uma rua. Ao fundo, é possível ver uma pessoa andando e carros em movimento. Crédito de imagem: Lucas Uebel/Getty Images

IDADE DAS MÃES 

O levantamento mostra que há uma tendência de mais mulheres tendo filhos na faixa etária de 30 a 39 anos, embora a idade com maior predominância ainda esteja entre 20 e 29 anos. Já o número de mães com menos de 20 anos está em queda nos últimos dez anos.

COMPARAÇÃO DE NASCIMENTOS POR REGIÃO

NORTE
2021: 285.999
2022: 275.077 (-3,8%)

NORDESTE
2021: 751.028
2022: 700.910 (-6,7%)

CENTRO-OESTE
2021: 225.803
2022: 222.210 (-1,6%)

SUDESTE
2021: 1.005.612
2022: 979.328 (-2,6%)

SUL
2021: 362.198
2022: 359.488 (-0,7%)

O que eu penso sobre…

“Eu fico um pouco preocupada. Acho que isso [a diminuição de nascimentos no Brasil] pode fazer com que a vida de todos fique pior no futuro, com as pessoas tendo que trabalhar mais. Acho que medidas deveriam ser tomadas para reverter essa situação.” Helena T., 10 anos.

#pracegover: Helena está parada e sorrindo para foto. Ela veste um casaco azul-marinho e, no rosto, usa óculos de grau. Crédito de imagem: arquivo pessoal

FONTES: IBGE E AGÊNCIA BRASIL.

Esta matéria foi originalmente publicada na edição 221 do jornal Joca.

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