Em 20 de janeiro, o Brasil registrou o abalo sísmico mais forte da história em sua área continental. O tremor marcou 6,6 de magnitude na Escala Richter e ocorreu às 16h31 no horário local de Ipixuna, município do Amazonas (18h31 no horário de Brasília/DF), segundo o Serviço Geológico dos Estados Unidos (USGS, na sigla em inglês) — órgão responsável por monitorar atividades sísmicas dentro e fora dos EUA.

Dois dias depois, a administração da cidade informou por nota estar acompanhando as possíveis consequências do episódio, mas, até então, não havia identificado moradores que tivessem percebido o tremor. Segundo o USGS, a movimentação de terra aconteceu a 614,5 quilômetros de profundidade — algo como a distância entre Porto Seguro (BA) e Vitória (ES). Abalos a níveis tão profundos dificilmente são percebidos por habitantes.

O QUE SÃO ABALOS SÍSMICOS E A ESCALA RICHTER?
Abalos são tremores de terra causados, principalmente, pela movimentação do magma (massa pastosa de rocha em temperaturas muito elevadas) e das placas tectônicas (pedaços enormes de rocha que formam a superfície da Terra e ficam abaixo dos oceanos e continentes). Uma das maneiras de medi-los é pela Escala Richter. Veja algumas dessas medidas:

• Menos de 3,5 graus: normalmente, é imperceptível.
• Entre 3,5 e 5,4: é sentido, mas não causa tantos danos.
• Entre 5,5 e 6 graus: pode comprometer a estrutura de casas e prédios.
• De 7 a 7,9 graus: pode ser devastador em mil quilômetros.
• Acima de 8 graus: destrói tudo o que está perto do epicentro (onde o foco do sismo ocorreu).

5 maiores abalos sísmicos das terras brasileiras*

1) 6,6 graus: Amazonas, janeiro de 2024
2) 6,5 graus: Acre, junho de 2022
3) 6,3 graus: Acre, maio de 2019
4) 6,2 graus: Acre, janeiro de 2024
5) 6,2 graus: Acre, novembro de 2015

*Dados do Centro de Sismologia da Universidade de São Paulo (USP).

Fontes: Agência Brasil, Centro de Sismologia da Universidade de São Paulo, DNER/AP/Div. Planejamento – Serv. Coord. e Gerência de Sistemas Rodoviários, Estadão, O Globo e USGS.

Texto originalmente publicado na edição 217 do jornal Joca.