A novidade foi anunciada após a Turquia decidir aprovar a entrada da Finlândia no bloco
A partir de 4 de abril, a Finlândia passará a fazer parte da Organização do Tratado do Atlântico Norte (Otan) depois de quase um ano de debate entre os países-membros. A decisão foi divulgada em coletiva de imprensa por Jens Stoltenberg, secretário-geral (líder máximo) da entidade, um dia antes.
Otan: união de países que atua para garantir a segurança dos membros que a integram, atualmente formada por 30 nações, incluindo países com grande capacidade militar (tropas e equipamentos), como Estados Unidos e Reino Unido (saiba mais no final da matéria).
O ingresso da Finlândia no bloco se confirmou depois que o parlamento (assembleia composta por políticos que representam os cidadãos) turco aprovou a decisão — isso porque, para que um país faça parte da Otan, todos os membros devem aprovar a inclusão. A Suécia, que pediu pela adesão à Otan simultaneamente à Finlândia, ainda aguarda pela aprovação da Turquia e Hungria.
A entrada da nação finlandesa, assim como da Suécia, na Otan começou a ser discutida depois que a Rússia invadiu a Ucrânia, em 2022 (relembre os conflitos envolvendo os dois países no compilado de perguntas e respostas aqui do Joca). Assim como a Ucrânia, a Finlândia faz divisão com a Rússia e acredita que a notícia da entrada na Otan representa uma proteção.
No Twitter, o secretário-geral da Otan disse, em tradução literal do inglês: “Esta é uma semana histórica. Amanhã daremos as boas-vindas à Finlândia como o 31º membro da Otan, tornando-a mais segura e a Otan, mais forte.”
This is an historic week. Tomorrow we will welcome #Finland 🇫🇮 as the 31st member of #NATO, making Finland safer & NATO stronger. pic.twitter.com/DEt2w9clUj
— Jens Stoltenberg (@jensstoltenberg) April 3, 2023
Confira, aqui no Joca, uma linha do tempo envolvendo a entrada da Finlândia na Otan:
— Finlândia pede para entrar na Otan e Rússia vê a ação como ameaça
— Finlândia e Suécia pedem para integrar a Otan
— Otan convida Suécia e Finlândia a participar da entidade
A Otan surgiu em 1949, durante a Guerra Fria (1947-1991), período em que EUA e Rússia (na época, integrante da União Soviética – URSS) viviam em tensão. A organização foi criada, entre outras razões, para que nações aliadas se ajudassem e garantissem que a URSS não dominasse mais territórios. Apesar de a URSS ter se dissolvido em 1991, a Otan seguiu existindo. Para o governo russo, o bloco até hoje representa uma ameaça, assim, não deseja que nações geograficamente próximas à Rússia, como Ucrânia e Finlândia, façam parte da Otan. De acordo com as autoridades russas, isso facilitaria ofensivas contra seu território. A organização, no entanto, nega ter pretensões de atacar o país.
É preciso que o país siga alguns protocolos e requisitos, como ser uma democracia (sistema em que a população vota nos representantes políticos). Todas as nações que já integram o bloco devem aceitar o novo membro. Então ele é aprovado.
Até então, a Suécia e a Finlândia sempre se mantinham neutras em conflitos. Agora, caso realmente entrem para o bloco, elas serão obrigadas a defender os outros membros do grupo se algum deles for atacado. Os dois países já tinham se mostrado contrários à invasão russa da Ucrânia. Com a possível adesão à Otan, eles poderão integrar um bloco que está em constante tensão com a Rússia – alguns membros, como os Estados Unidos, enviaram ajuda militar à Ucrânia durante a guerra.
Fontes: G1, Jens Stoltenberg, CNN e Nato.
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