Os integrantes do bloco afirmaram que a participação dos dois países traria mais segurança para o grupo e fortaleceria a aliança
Durante a Cúpula da Organização do Tratado do Atlântico Norte (Otan), em Madri, na Espanha, a entidade anunciou que convidou, formalmente, a Suécia e a Finlândia a se juntar ao grupo. O comunicado foi emitido em 29 de junho, enquanto representantes dos países-membros se reuniam para discutir temas como a segurança na Europa em meio à guerra na Ucrânia.
No anúncio, os integrantes da Otan afirmaram que o ingresso das duas nações tornaria a aliança mais forte e traria segurança tanto para os membros do bloco quanto para a região como um todo.
Finlândia e Suécia tinham pedido para ingressar na Otan em 18 de maio (relembre o episódio clicando aqui). Desde então, a entrada dos países estava sendo discutida pelos membros da aliança, mas a Turquia, um dos integrantes, era contra a participação deles no bloco – a adesão de um novo país só é possível se for aprovada por todas as 30 nações que compõem o grupo.
O presidente turco, Recep Tayyip Erdoğan, acusa os governos da Finlândia e da Suécia de dar asilo a cidadãos considerados terroristas pela Turquia. As duas nações negam. Em 28 de junho, no entanto, foi assinado um termo em que finlandeses e suecos se comprometeram a condenar o terrorismo e adotar medidas para ajudar nos esforços antiterroristas. Em troca, a Turquia apoiou o ingresso à Otan.
Em comunicado oficial, o vice-chanceler russo afirmou que a adesão desses dois países à organização é um fator desestabilizador para a Europa.
Por que a decisão é considerada histórica?
Até então, a Suécia e a Finlândia sempre se mantinham neutras em conflitos. Agora, caso realmente entrem para o bloco, elas serão obrigadas a defender os outros membros do grupo se algum deles for atacado.
Os dois países já tinham se mostrado contrários à invasão russa à Ucrânia. Com a possível adesão à Otan, eles poderão integrar um bloco que está em constante tensão com a Rússia – alguns membros, como os Estados Unidos, por exemplo, enviaram ajuda militar para a Ucrânia durante a guerra.
Fontes: CNN Brasil, Deutsche Welle e G1.
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