Em 30 de setembro, um deslizamento de terra na comunidade rural do Arumã, cidade de Beruri, interior do Amazonas, destruiu 45 casas, além de igrejas e comércios, deixando 300 desabrigados e dois mortos.

Segundo especialistas, a causa foi o fenômeno natural “terras caídas”: erosão gerada pela ação das águas que leva ao deslizamento de paredões nas margens de rios. Arumã fica às margens do rio Purus.

O fenômeno pode se agravar em períodos de seca: quando há cheia no rio, a água fica retida no solo; quando o nível do rio baixa, o solo encharcado desaba — a seca piora a baixa dos rios. Atualmente, a região amazônica vive uma estiagem (período prolongado sem chuvas), com rios como Negro e Solimões perto de atingir recordes históricos de baixa em seus níveis.

#pracegover: desabamento de barranco na comunidade do Arumã. Há casas na parte de cima do barranco que caiu e o rio passa na parte inferior. Crédito de imagem: prefeitura de Beruri/divulgação

Em entrevista ao Joca, Waldemir Lima dos Santos, especialista em hidrogeomorfologia da Amazônia e professor da Universidade Federal do Acre, explicou que a estrutura de algumas áreas da região contribui para as “terras caídas”, mas que as mudanças climáticas também têm responsabilidade: “A flutuação das variáveis climáticas de modo extremo (secas severas seguidas de enchentes severas) acelera esse processo”.

Fontes: Agência Brasil, EBC, Exame, Folha de S.Paulo, G1 e IUCN Red List.

Esta matéria foi originalmente publicada na edição 213 do jornal Joca.

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Comentários (1)

  • Educacional

    6 meses atrás

    !!

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