Em 11 de março, o automobilista brasileiro Felipe Massa oficializou um processo contra a Formula One Management (FOM) — empresa que controla direitos de organização e transmissão da Fórmula 1 (F1) —, a Federação Internacional de Automobilismo (FIA) e Bernie Ecclestone, ex-presidente da FOM. Ele reivindica o título mundial da F1 de 2008 e uma indenização de 407,6 milhões de reais — valor do prêmio e outros retornos financeiros que teria se fosse o campeão.

O que aconteceu em 2008? 

O Grande Prêmio (GP) de Cingapura, em 2008, foi marcado por um acidente: Nelson Piquet Jr., então piloto da Renault, bateu o carro contra um muro. Porém, segundo o próprio Piquet Jr., a batida foi intencional: a equipe teria dado a ordem para favorecer outro piloto da Renault, o espanhol Fernando Alonso, que pouco antes havia feito seu pit stop (parada para reabastecer, por exemplo).

Como o GP precisou ser interrompido para recolher destroços da batida, os outros pilotos só puderam realizar o pit stop depois disso. Assim, Alonso conseguiu despontar e terminou em primeiro lugar.

Ao fazer seu pit stop após a retomada do GP, Massa teve problemas técnicos e demorou para retornar. Com isso, ficou em pior colocação do que o britânico Lewis Hamilton. Os pontos garantidos por Hamilton em Cingapura fi zeram diferença para que ele fosse o campeão daquele ano, com 98 pontos. Massa terminou o torneio com 97.

Em 2023, Bernie Ecclestone disse que, na visão dele, o regulamento foi mal aplicado, prejudicando Massa. Essa declaração é usada na acusação. “Como a FIA e a FOM decidiram não fazer nada, buscaremos a correção dessa injustiça histórica nos tribunais”, declarou Massa por intermédio de sua assessoria de imprensa.

FONTES: CNN, ESTADÃO, GLOBO ESPORTE E UOL.

Esta matéria foi originalmente publicada na edição 220 do jornal Joca.