O dicionário Merriam-Webster — um dos mais reconhecidos nos Estados Unidos — elegeu “autêntico” (em inglês, authentic) a palavra do ano em 2023. O anúncio foi feito em 27 de novembro, por meio de um comunicado oficial da editora norte-americana do dicionário.

Para elaborar o ranking, a editora analisa os termos mais buscados em sua plataforma on-line e que apresentam relevância — ou seja, algumas palavras genéricas são desconsideradas. Em nota, o Merriam-Webster relacionou o aumento na busca por “autêntico” com alguns dos temas principais debatidos ao longo do ano, como inteligência artificial, produção de conteúdo, redes sociais e cultura pop. “Autêntico é o que as marcas, influenciadores de mídia social e celebridades desejam ser. Elon Musk ganhou as manchetes quando disse que as pessoas deveriam ser mais autênticas nas redes sociais”, aponta o comunicado.

Autêntico (segundo o Merriam-Webster): “Não é falso, nem uma imitação. Fiel à própria personalidade, espírito ou caráter. Digno de aceitação ou crença por estar baseado em fatos […] Feito da mesma maneira como o original.”

“Celebridades como os cantores Lainey Wilson, Sam Smith e, especialmente, Taylor Swift ganharam as manchetes em 2023 com declarações sobre a busca por sua “voz autêntica” e seu “eu autêntico”, diz a empresa, em tradução livre do inglês. “E com a ascensão da inteligência artificial — e o seu impacto nos vídeos deepfake, nos contratos dos atores, na honestidade em trabalhos acadêmicos e em um grande número de outros tópicos —, a linha entre ‘real’ e ‘falso’ se tornou cada vez mais tênue.”

“Embora seja claramente uma qualidade desejável, o autêntico é difícil de definir e está sujeito a debate — duas razões pelas quais muitas pessoas buscam pelo termo no dicionário.”

Diz o artigo do Merriam-Webster.

Outras palavras do ranking de 2023

O Merriam-Webster listou outros termos que também foram destaque nas pesquisas feitas ao longo do ano. Entre eles:

Coroação: ato literal de colocar uma coroa na cabeça de um líder da monarquia (forma de governo, por exemplo, do Reino Unido). A pesquisa por esse termo aumentou com a coroação do rei Carlos III.

Deepfake: uma imagem ou gravação que foi alterada e manipulada de maneira convincente para modificar a fala ou ação de alguém com algo que não foi realmente feito ou dito.

Distópico: distopia é uma situação hipotética, muitas vezes futura, em que o caos predomina. É o contrário de utopia, um ambiente ideal, de perfeita harmonia. A violência e o aumento dos eventos climáticos extremos, como ondas de calor e terremotos, trazem a impressão de se estar vivendo dentro de uma distopia.

Egot: uma das distinções mais raras que um artista pode conquistar, ao receber o título nas quatro principais premiações internacionais, Emmy (televisão), Grammy (música), Oscar (cinema) e Tony (teatro).

Elementar: em inglês, elemental foi o título original da animação da Disney lançada em 2023, conhecida em português como Elementos. Refere-se aos elementos naturais representados nas personagens do filme: água, terra, fogo e ar.

Implodir: é praticamente o processo inverso da explosão, ou seja, quando uma matéria “explode para dentro”. Isso acontece debaixo d’água porque, quanto mais fundo o alcance de um objeto, maior a pressão que o peso da água exerce sobre ele. O termo ganhou relevância depois que um submarino implodiu durante uma excursão aos destroços do Titanic.

X: as pesquisas por “X” aumentaram em 885%, segundo o Merriam-Webster. Isso se deve, sobretudo, à mudança feita pelo empresário Elon Musk do nome da rede social que antes era chamada Twitter.

Fontes: Merriam-Webster, AP News e G1.

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