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Para se prevenir de variantes, é preciso evitar aglomerações e usar a máscara corretamente – o que não é visto na foto, em uma feira livre da cidade de São Paulo. #pracegover: foto de aglomeração em feira livre na cidade de São Paulo mostra pessoas usando a máscara para baixo do nariz. Foto: Jorge Araujo/Fotos Públicas

Um comunicado interno do Centro de Controle e Prevenção de Doenças (CDC), dos Estados Unidos, publicado pelo jornal Washington Post no dia 29 de julho, informou que a variante delta do novo coronavírus é tão transmissível quanto a catapora. Ou seja, a nova cepa se espalha mais do que as versões anteriores do vírus e do que outras doenças, como a gripe comum.

O documento diz ainda que “cargas virais elevadas sugerem um risco ampliado de transmissão e aumentam a preocupação de que, ao contrário de outras variantes, as pessoas vacinadas infectadas com a delta podem transmitir o vírus mais intensamente”. Isso quer dizer que quem está totalmente vacinado pode não desenvolver uma versão grave da covid-19, mas pode transmitir a delta na mesma velocidade dos não vacinados. No dia 28 de julho, o governo dos EUA retrocedeu a orientação de que vacinados não precisariam de máscaras – liberação dada há cerca de um mês.

O relatório foi escrito inicialmente apenas para funcionários do CDC, mas jornalistas tiveram acesso a ele e decidiram torná-lo público. Em entrevista ao canal de notícias CNN, Rochelle Walensky, diretora do CDC, confirmou as informações.

Dados do próprio CDC mostram que a delta é responsável por cerca de 93,4% dos novos casos de covid-19 nos EUA. Segundo o Ministério da Saúde do Brasil, até o dia 6 de agosto o país tinha registrado 497 casos e 25 mortes causados pela variante. O estado mais afetado é o Rio de Janeiro.

O que é a variante delta?
Encontrada pela primeira vez na Índia, em outubro de 2020, e presente em mais de 130 países, a delta é preocupante por gerar reinfecção (infectar quem já teve covid-19 e se curou) e causar versões mais graves da doença em pessoas não vacinadas.

Variantes surgem durante o processo de reprodução do vírus, em que ele realiza cópias de si mesmo. Em uma dessas cópias, o vírus pode cometer um erro em seu genoma (partes que o formam). Esse erro vai se replicar nas próximas cópias, fazendo com que se transforme em algo diferente. É como se, ao fazer a cópia de uma folha de papel, você a borrasse e, então, as cópias fossem feitas do papel borrado em vez do original.

As vacinas que estão sendo aplicadas, apesar de não impedirem a transmissão da delta, protegem as pessoas de desenvolver casos graves. As medidas para evitar a variante seguem sendo as mesmas: usar máscara, higienizar as mãos e manter o distanciamento social. A imunização também é fundamental para controlar a situação.

Fontes: BBC, CNN, Estadão, Jornal Nacional, G1, UOL, Valor Econômico e Washington Post.

Esta matéria foi originalmente publicada na edição 174 do jornal Joca.

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