Em comparação com 2023, no entanto, houve redução de 40% nos casos
De acordo com o boletim semanal InfoGripe, da Fundação Oswaldo Cruz (Fiocruz) divulgado no dia 19 de dezembro, houve um aumento no número de casos de Síndrome Respiratória Aguda Grave (SRAG) causados pelo vírus da covid-19. O cenário se repete em mais de um estado brasileiro, incluindo Ceará, que apresentou maior aumento de ocorrências: Minas Gerais, Sergipe, Rondônia e Distrito Federal.
O relatório aponta que a maioria dos afetados são idosos, grupo mais suscetível a sofrer com problemas respiratórios ocasionados pelo contágio de covid-19. Além disso, houve crescimento do número de ocorrências de SRAG entre crianças e adolescentes até 14 anos no Acre, Distrito Federal, Minas Gerais e Sergipe.
Nas últimas quatro semanas levadas em consideração pelo boletim, a covid-19 esteve relacionada a 31,1% dos casos de SRAG com resultado positivo para infecção viral. Nos casos de óbito, 63,6% envolveram o coronavírus.
Em 2024, o boletim aponta que o Brasil sofreu duas ondas de aumento nos casos de covid-19. A primeira teve início ainda no fim de 2023 e afetou diversos estados. Já a segunda, iniciada em agosto, atingiu principalmente São Paulo. Pesquisadores da fundação destacam que, mesmo com as duas ondas, em comparação com 2023, houve uma redução de 40% nos casos de SRAG associados à covid-19. Ainda assim, diante do último boletim apresentado, especialistas recomendam mais cuidado durante o período das festas de fim de ano.
“Neste fim de ano, observamos uma menor atividade dos vírus respiratórios, com exceção apenas da covid-19, que já começa a apresentar sinais de aumento em algumas regiões do país. Para as festas de fim de ano, recomendamos o uso de máscaras caso surjam sintomas de gripe ou resfriado. Também sugerimos, sempre que possível, priorizar ambientes mais arejados, especialmente neste momento de início de aumento do número de casos de covid-19”, destaca o boletim.
Glossário:
Síndrome Respiratória Aguda Grave (SRAG): quando uma infecção respiratória causa grande dificuldade de respirar e lesões nos alvéolos (pequenas “bolsas” de ar nos pulmões).
Fontes: Fiocruz e Hospital Albert Einstein.
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