As peças são inseridas na imagem da pessoa que as comprar
Imagine tirar uma foto “usando” uma roupa que não existe? Essa é a nova tendência do mundo da moda, conhecida como “roupas digitais”. Basta entrar em uma loja on-line, escolher um modelo e subir uma foto sua. Então, a marca insere a peça na imagem, dando a impressão de que você está vestindo o item. Assim, você tem uma foto com a roupa — que, na verdade, não existe — para compartilhar como quiser.
Segundo o site The Outfit Does Not Exist (a roupa não existe, em tradução livre), as roupas digitais ganharam força em 2020, quando milhares de pessoas entraram em quarentena para frear a covid-19 e recorreram às vestimentas virtuais. Seguindo a tendência, famosos começaram a postar fotos “usando” as peças digitais, e marcas bastante conhecidas, como Louis Vitton e Versace, passaram a investir nos modelos.
Os defensores da prática afirmam que roupas digitais causam menos impactos ao meio ambiente do que uma peça de verdade — a fabricação, o transporte e o descarte de produtos envolvidos na indústria da moda geram poluição do ar, gastos excessivos de água e aumento da produção de lixo, entre outros problemas. “Conheço muitas mulheres que compram um vestido, usam uma vez para tirar uma foto e nunca mais [usam a peça]. Poderiam reduzir o consumo e o desperdício com a moda digital”, disse a modelo brasileira Isabelle Boemeke, em entrevista à agência de notícias AFP.
O envio da foto com a roupa ocorre pelo e-mail e demora de dois a três dias. O preço varia de acordo com a complexidade e marca da peça.
Fontes: AFP, The Outfit Does Not Exist e Vogue.
Esta matéria foi originalmente publicada na edição 179 do jornal Joca
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