A Organização Mundial da Saúde (OMS) anunciou, no fim de abril, duas mortes causadas pelo ebola na República Democrática do Congo (RDC). O Ministério da Saúde local havia declarado um novo surto no país após a confi rmação de um caso da doença. 

No primeiro caso, o paciente começou a sentir sintomas em 5 de abril, mas só buscou tratamento após uma semana. Ele foi internado em 21 de abril e morreu no mesmo dia. Testes mostraram que a primeira transmissão aconteceu a partir de um animal infectado. A OMS aponta uma ligação entre a segunda morte e um familiar do primeiro caso.

A entidade declarou apoio às campanhas de vacinação em Mbandaka, cidade comercial às margens do rio Congo, e anunciou o envio de cerca de 200 doses de um imunizante para a região. Os primeiros vacinados devem ser profissionais da saúde e quem teve contato com os doentes.

Até o fechamento desta edição, cerca de 260 pessoas estavam sendo monitoradas, por terem tido contato com infectados, segundo a OMS. Três equipes trabalham para conter o surto, localizando indivíduos que tenham alto risco de contaminação.

#pracegover: mapa da África indicando onde fica a RDC, Kinshasa (capital do país) e Mbandaka. Imagem: reprodução jornal Joca

Histórico da doença
Este é o 14º surto de ebola no país — seis deles ocorreram depois de 2018. O mais recente havia sido considerado encerrado em dezembro de 2021. O fim de um surto é declarado após o término de 42 dias sem confirmação de nenhum novo caso. Entre 2014 e 2016, a doença causou mais de 11 mil mortes e, até o momento, os registros da transmissão se concentram na África, com casos isolados na Europa.

O que é o ebola?
Trata-se de um vírus que surgiu em 1976, em surtos que aconteceram na RDC, próximo do rio Ebola (por isso o nome da doença). A letalidade do ebola, ou seja, o risco de causar mortes, varia de 25% a 90%. Morcegos frutívoros são apontados como os possíveis hospedeiros do vírus.

Existem cinco tipos do vírus conhecidos, transmitidos pelo contato com sangue, secreções ou outros fluidos corporais (como saliva, suor e leite materno) e ao comer carne de um animal contaminado. O ebola não é transmitido pelo ar ou pela água. Os principais sintomas são febre, fortes dores de cabeça, vômito, diarreia e hemorragias. Não há um tratamento específico para a doença. O que se faz é isolar os enfermos e tratar os sintomas. Entre as medidas de prevenção estão vacinação, lavar bem as mãos e evitar objetos usados por pessoas infectadas.

Fontes: Centro de Controle e Prevenção de Doenças (CDC) dos Estados Unidos, CNN Brasil, G1, Médicos Sem Fronteiras, ONU e Veja Saúde.

Texto originalmente publicado na edição 187 do jornal Joca.

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Comentários (1)

  • alunosjunqueiropolis17

    1 ano atrás

    Fiquei impressionado com a quantidade de mortes anual!

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