Aumento de número de casos na República Democrática do Congo preocupa as autoridades
A Organização Mundial da Saúde (OMS) declarou, em 14 de agosto, que o aumento de casos de mpox na República Democrática do Congo e em outros países na África é uma emergência de saúde pública de importância internacional. Esse é o nível mais alto de alerta da OMS para uma doença.
“O surgimento de um novo clado [grupo de organismos] de mpox, a sua rápida propagação no leste da RDC e a notificação de casos em várias nações vizinhas são muito preocupantes. Além dos surtos de outros clados de mpox na RDC e em outros países da África, está claro que é necessária uma resposta internacional coordenada para deter esses surtos e salvar vidas”,
declarou Tedros Adhanom Ghebreyesus, diretor-geral da OMS.
A classificação leva em conta diferentes fatores, como probabilidade de uma doença se espalhar para outros locais e potencial de transmissão. Isso também quer dizer que será necessário um investimento maior no combate à enfermidade e no desenvolvimento de vacinas, que estão em falta em diversos países.
Organização Mundial da Saúde (OMS): agência global da Organização das Nações Unidas (ONU) especializada em saúde.
Mpox: doença causada por um vírus do gênero Orthopoxvirus. A principal forma de contágio é pelo contato com animais contaminados. A transmissão entre pessoas, no entanto, também é possível, pelo contato com fluídos corporais do indivíduo infectado.
Essa não é a primeira vez que a OMS classifica a mpox como emergência de saúde global. Em julho de 2022, a organização emitiu o mesmo alerta após uma elevação significativa no número de casos da doença. Em 2024, já foram registrados mais de 15.600 casos e 537 mortes. Há duas vacinas que, atualmente, a OMS aprova para prevenir o contágio.
“A OMS está trabalhando com países e fabricantes em possíveis doações de vacinas e fazendo parcerias, por meio da rede provisória de contramedidas médicas, para facilitar o acesso equitativo a vacinas, terapias, diagnósticos e outros recursos”,
informa a organização em nota.
Fontes: Opas, Paho, OMS, CNN e Brasil de Fato.
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