Confira depoimentos de crianças e adolescentes do Brasil e de outros países
O Joca conversou com crianças e adolescentes do Brasil e do mundo para saber o que eles pensam sobre a covid-19, provocada pelo vírus. Confira.
Brasil
“Meus cuidados higiênicos mudaram bastante. O contato com as pessoas mudou, principalmente a maneira de cumprimentá-las, e a frequência com que lavo as mãos aumentou muito. Ainda estou tendo aulas normais, mas não sei por quanto tempo. Acho que precisamos ter medo do coronavírus porque, mesmo que na minha idade o risco seja menor, podemos transmitir para os mais velhos.” Luisa F., 12 anos, Porto Alegre (RS)
“Na escola fizeram uma apresentação sobre o coronavírus e fizemos perguntas. Colocaram álcool em gel nas saídas de todas as salas de aula e nos banheiros e espalharam panfletos nos corredores. Estou lavando as mãos muito bem, passando álcool em gel e evitando lugares que tenham aglomeração de pessoas.” Ana Júlia A., 12 anos, Curitiba (PR)
“A minha escola fechou hoje [16 de março] e, pela manhã, estudei on-line. Achei difícil estudar sem os meus professores e colegas, mas espero me acostumar logo. Não estou visitando meus avós para não colocá-los em risco nem estou saindo de casa. Acho que não precisamos entrar em pânico. É só tomar os cuidados necessários e seguir as recomendações das autoridades.” Fernanda B., 9 anos, Salvador (BA)
“Ainda estou tendo aulas normais e posso sair de casa, mas sei que é para ter cuidado. Na minha escola falaram para não frequentar lugares muito movimentados. Acho que não precisamos ter medo do coronavírus.” Lucca B., 12 anos, Joinville (SC)
“A escola onde estudo teve as aulas suspensas em 9 de março por causa de um caso confirmado. Fiz teste e deu negativo. Estamos tendo aulas on-line. Pessoalmente, eu gostei do método, mas acho que a falta de interação com o professor pode prejudicar alguns alunos. É interessante dar essa autonomia para o estudante, e alguns vão se aprimorar com isso. Mas outros podem ficar estressados ou deixar tudo para a última hora.” Eduardo V., 14 anos, São Paulo (SP)
“Minha rotina mudou bastante, antes eu saía muito, mas agora fico em casa e só saio para ir para a escola e ter aulas de piano. Ainda estou tendo aulas normalmente, mas minha professora falou que devemos evitar lugares com grande movimentação de pessoas, passar álcool em gel e lavar as mãos frequentemente. Eu quero que achem a cura para eu poder sair de casa para brincar novamente com meus amigos e ir ao shopping.” Catarina C, 8 anos, São Luís (MA)
“Em Manaus, o uso do álcool em gel se tornou mais frequente. Por enquanto, não temos a necessidade de ficar em quarentena, mas, se ficássemos, teríamos que estudar sozinhos, somente com livros, sem a explicação dos professores. Nas férias não poderemos visitar os parentes. Sentirei muita falta da minha avó.” Bruno M., 14 anos, Manaus (AM)
“Estou com tosse e dor de garganta e, por segurança, não visitei a minha avó no fim de semana, porque ela faz parte do grupo de risco (é idosa). Teve uma suspeita de coronavírus na minha escola, mas a pessoa fez o teste e deu negativo. Para evitar o vírus, estou tomando alguns cuidados: lavar as mãos, não colocar a mão na boca e nos olhos, não dividir objetos ou comida com meus amigos e proteger a boca ao espirrar ou tossir.” João Antônio C., 11 anos, Recife (PE)
“O vírus ainda não chegou ao meu estado. Continuamos tendo aula e, até agora, a escola não tomou nenhuma providência nem falou para os alunos sobre as prevenções contra o vírus. Na minha turma ninguém está se prevenindo. O máximo que fazem é usar álcool em gel.” Lara C., 14 anos, Rio Branco (AC)
“Não estou tendo aulas normais, já que houve um decreto [do Distrito Federal] que fechou as escolas. Estou estudando em casa, fazendo os trabalhos que os professores mandaram. Agora, estou evitando tocar em objetos públicos, lavando as mãos com frequência, passando álcool e evitando levar as mãos ao rosto. Se seguirmos as orientações dos profissionais de saúde, estaremos seguros.” Maria Luiza C., 12 anos, Brasília (DF)
Mundo
“Nos últimos dias, tivemos Purim, uma festa judaica na qual crianças se fantasiam e andam pelas ruas nas festividades das cidades. Mas, desta vez, as ruas estavam um pouco vazias e a maioria das festas foi cancelada. Várias crianças se fantasiaram de coronavírus.” Tally A., 17 anos, KFAR SABA, ISRAEL
Acredito que não preciso ter medo. Claro que tenho muito cuidado, mas eu sou muito jovem, então não corro muito risco. Estou mais preocupada com os idosos, como os meus avós.” Maite S., 14 anos, BASILEIA, SUÍÇA
“Eu não estou notando muita mudança na minha cidade. Por enquanto, todo mundo está indo para a escola, e eu estou vendo muitas pessoas caminhando nas ruas (…). Estão faltando muitas coisas de higiene onde eu moro.” Mora O., 12 anos, SANTIAGO, CHILE
“Muitas escolas fecharam por 15 dias aqui na França, inclusive a minha, então as aulas estão sendo on-line, de casa. Não ter um professor para supervisionar é o que deixa tudo ainda menos prático, porque não dá para tirar todas as nossas dúvidas.” Emma M., 14 anos, PARIS, FRANÇA
“O coronavírus mudou muito os meus hábitos. A escola está parada, e eu viajei para ir à casa dos meus avós [antes das últimas medidas de restrição no país]. Não brinco mais de bola e não encontro mais com meus amigos no parque. Durante o próximo mês, não posso ir para a escola. Por sorte, a gente não está infectado.” Ettore P., 8 anos, ASSIS, ITÁLIA
“Estou em isolamento por duas semanas porque fiz uma viagem para a França e a Espanha. As aulas na escola estão normais, e eu devo fazer as lições em casa. Não sei o que acontece nas ruas porque não posso sair.” Isabel L. R., 13 anos, BUENOS AIRES, ARGENTINA
“Aqui, minha escola ainda está decidindo o que vai fazer. Por enquanto, os professores estão se preparando para aulas on-line. As pessoas estão comprando papel higiênico como loucas, entre outros produtos. As prateleiras dos supermercados estão vazias.” Ethan K., 17 anos, LOS ANGELES, ESTADOS UNIDOS
“Estou sentindo falta de ir à casa do vovô e brincar com meu cachorro que está lá. Estamos fazendo as aulas pela internet e não podemos sair de casa. Tudo está fechado. Não podemos fazer quase nada.” BEATRICE, 13 ANOS, ITÁLIA. “Eu quero ir para a rua jogar futebol e não posso, isso é muito triste.” FRANCISCO, 15 anos, ITÁLIA (COM A IRMÃ COSTANZA, 9 ANOS)
“Três escolas aqui tiveram que ser fechadas por pelo menos um dia. Papel higiênico, álcool em gel e lenços desapareceram das prateleiras dos mercados. Estou tentando não ter contato físico com as pessoas.” Luisa M. E., 11 anos, BRISBANE, AUSTRÁLIA
“Minha escola fechou por uma semana por causa de um boato que um aluno foi para um país onde havia muitos casos. A escola pediu para que todos os alunos que voltaram de países onde havia casos confirmados se colocassem em quarentena por duas semanas.” Marlena W., 17 anos, BANGCOC, TAILÂNDIA
“As aulas foram interrompidas e não podemos sair com tanta tranquilidade. Tem menos pessoas na rua e falta álcool em gel. Acho que devemos nos preocupar, porque ainda não encontramos a cura para o vírus.” Alvaro R., 13 anos, CAJAMARCA, PERU
“Estamos tossindo no antebraço, lavando a mão o tempo inteiro e evitando abraços, beijos e apertos de mão.” IAN P., 11 ANOS, CANCÚN, MÉXICO. “As férias de um mês foram adiantadas. Eu fiquei triste porque ia participar de uma apresentação, mas, para poder evitar [que o vírus se espalhe], a gente tem que ficar dentro de casa. Não é que a gente sempre precisa ficar em casa como a Bela e a Fera ou a Rapunzel, a gente pode sair um pouco, mas precisamos evitar saídas.” Lua P., 7 anos, CANCÚN, MÉXICO
“A situação está começando a ficar um pouco mais normal. Eu me sinto bastante aliviada, porém sei que foi só porque todos seguiram as regras que o governo passou e evitaram sair de casa. Mas ainda é muito estranho, pois Macau costumava estar sempre cheia.” Melissa P. M., 14 anos, MACAU
“Aqui, as pessoas estão com medo de cumprimentar alguém e pegar a doença. A minha professora disse que aqui no Zimbábue ainda não temos equipamento para fazer o teste.” Claudeus G., 17 anos, VICTORIA FALLS, ZIMBÁBUE
O episódio 6 do podcast Revisteen (uma parceria do Joca com a rádio CBN) traz mais opiniões de jovens do Brasil e do mundo sobre o novo coronavírus: http://bit.ly/revisteen-episodio-6
Confira mais depoimentos no site do Joca: jornaljoca.com.br
Esta matéria foi originalmente publicada na edição 145 do jornal Joca.
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