O jogo tem cinco temas: ter confiança, resistência, aprender sobre educação sexual, saber dizer não e a descoberta de insegurança. O jogo é composto por cinco contadores e um dado e todos sempre saem ganhando.

A criadora do jogo, Petra Duijzer, diz que o jogo ensina os tipos de contatos que são normais, o que fazer quando um estranho chamar uma criança nas redes sociais e até o que fazer se alguém pedir para tirar a roupa de baixo.

Duijzer recebeu 10 mil euros de uma escola holandesa para criar o jogo e formar 40 professores para ensinar as crianças de 8 a 12 anos a detectar pedófilos.

CASOS

A criadora do jogo citou o caso de uma criança de 11 anos que sempre fazia xixi na cama. Ela não sabia o porquê, mas depois que o filho jogou Safe Kids, com ela, o menino reconheceu que tinha sofrido abusos de seu padrasto. “O jogo ajuda a verificar o que ocorreu”, disse Duijzer, que foi assistente social.

CONTROVÉRSIAS

A conselheira juvenil Desiree van Doremalen acha perigoso desenvolver um jogo se ele for jogado em locais onde não há monitores que conheçam seu funcionamento.

Já a conselheira infantil Erna Polo, treinada para usar o jogo e fazer as perguntas apropriadas às crianças, ela reconhece que o assunto é delicado. “É preciso conduzir a conversa e estar treinado para isso”, explicou.

O jogo ainda está em fase de testes, aguardando ser liberado pelo Ministério da Educação da Holanda.

DENÚNCIAS

Em um relatório de outubro, mais de 12 mil denúncias por pedofilia e pornografia infantil foram feitas na Holanda, o dobro de 2015. A polícia identificou 156 crianças vítimas de abuso.

Google, Microsoft e Facebook são obrigados por lei a denunciar casos de pornografia infantil, mas a polícia reforça que é papel dos pais alertar as crianças sobre os perigos das redes sociais.