O evento aconteceu no dia 26 de fevereiro, perto de uma estação de pesquisa britânica
Um iceberg de 1.270 km² (maior do que a cidade do Rio de Janeiro, com 1.255 km²) e 150 metros de espessura (equivalente à altura de um prédio de 50 andares) se desprendeu da plataforma de gelo Brunt, na Antártida. O evento aconteceu no dia 26 de fevereiro, perto de uma estação de pesquisa do British Antarctic Survey (BAS), base de estudos britânica no continente.
Chamada Halley, a estação está a 20 km de onde aconteceu a ruptura. Ela não sofreu danos, mas novos deslocamentos do gelo estão sendo monitorados. “Vamos ficar de olho e avaliar qualquer impacto potencial na plataforma de gelo restante. Revisamos constantemente nossos planos (…) para garantir a segurança de nossa equipe, proteger a estação e manter os avanços científicos que realizamos na Halley”, declarou o diretor de operações do BAS, Simon Garrod, em nota oficial.
No momento em que o gelo se descolou não havia pesquisadores por lá. Mas o acontecimento foi acompanhado por satélites e sistemas de localização terrestre (GPS). Os cientistas já esperavam a separação, pois observavam rachaduras no gelo há mais de uma década. A fenda começou a ficar maior a partir de novembro de 2020.
Segundo os pesquisadores do BAS, ainda não é possível prever os impactos ao longo do tempo nem relacionar o evento com as mudanças climáticas. “A mudança no gelo em Halley é um processo natural”, afirmam eles em seu site. “Não há evidência de que as mudanças climáticas tenham desempenhado um papel significativo na separação.”
O que é um iceberg?
É um grande pedaço de gelo que, depois de se desprender de uma geleira, fica flutuando no oceano. Milhares de icebergs se formam a cada ano no Ártico e na Antártida. Eles são enormes, mas a maior parte de seu tamanho fica escondida debaixo d’água. Isso é perigoso para embarcações, que podem se chocar contra o gelo. O navio Titanic, por exemplo, naufragou após bater em um iceberg, em 1912.
Para evitar acidentes, satélites e a Patrulha Internacional do Gelo monitoram icebergs. Mas eles também têm um lado positivo: icebergs liberam água rica em nutrientes, que alimentam os krill, crustáceos que servem de comida para animais como baleias e pinguins. As fendas dos blocos de gelo também se tornam abrigo para peixes.
Fontes: British Antarctic Survey, CNN, Exame, revista Galileu, revista Recreio e Space
Esta matéria foi originalmente publicada na edição 166 do jornal Joca
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